Dilma concede entrevista e declara: 'Nós vivenciamos uma Copa'
LANCEPRESS!
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, concedeu uma entrevista a rede de TV norte-americana CNN, respondendo à vários questionamentos sobre a Copa do Mundo. A derrota vexatória, as manifestações e o êxtase do povo brasileiro durante a Copa, a polêmica do superfaturamento nos estádios e a renovação do futebol brasileiro foram os assuntos mais abordados.
Dilma começou respondendo ao fato dos brasileiros anteriormente contestarem a Copa, com manifestações durante o ano de 2013, e de repente o país abraçou o Mundial, mas apesar da derrota e com o risco do sentimento poder mudar novamente, a presidente acredita que o povo vivenciou a competição e precisa saber perder, pois o futebol é feito de sucessos e revés.
- Olha, eu não acredito nisso porque nós vivenciamos uma Copa. Afinal, tem uma característica o futebol: ele é feito de vitórias e de derrotas. Ser capaz de superar a derrota, eu acho que é uma característica de uma grande Seleção e de um grande país. - afirmou a presidente. O vexame
Sobre o jogo, Dilma citou a ausência de Thiago Silva e Neymar na partida, e comentou até que ponto a ausência dos craques afetou o grupo na partida contra a Alemanha. Além disso, a presidente valorizou o povo brasileiro como peça chave no sucesso da realização da competição no Brasil. - Eu acredito, olhando não como uma pessoa que entende profundamente de futebol, eu acredito que algum efeito significativo teve sobre a Seleção. Mas, a gente também tem de considerar uma coisa, sob todos os aspectos o Brasil fez uma Copa do Mundo que eu acredito que, de fato, foi uma das melhores Copas, e nós devemos isso, em grande parte, ao povo brasileiro.
Custos e superfaturamento
Quando questionada sobre o caso dos custos e superfaturamentos nos estádios brasileiros, Dilma fez uma série de considerações, comparando o gasto nos estádios com o valor utilizado para fins sociais, como educação e saúde, valorizando também que as obras não são só para Copa, mas sim para o país brasileiro como um todo. - Veja bem, nos estados, nos estádios foram gastos 8 bilhões de reais. Esse gasto dos estádios, foi financiado pelo governo. Nós gastamos, entre 2010 e 2013, com educação e saúde, nas três esferas de governo, 1 trilhão e 700 bilhões de reais.
Na verdade, nós não gastamos, porque o resto dos gastos fica para o Brasil, não só para a Copa. Nem os estádios ficam só para a Copa. Os aeroportos, eles existem porque nós, de 2003 para 2013, nós passamos de 33 milhões de passageiros que viajavam de avião no Brasil para 113 milhões em 2013. Você veja que nós estamos fazendo aeroportos para nós mesmos.
Renovação
Para finalizar, Dilma discorreu sobre a revolução no futebol brasileiro. Depois da derrota por 7 a 1 para a Alemanha, a presidente acredita que a renovação no nosso futebol deve ocorrer exportação dos craques do Brasil, os clubes brasileiros devem segurar seus craques, pois eles são a maior atração do futebol.
- Quando eu digo que o futebol brasileiro tem de ser renovado, o que eu queria dizer com isso? Eu quero dizer que o Brasil não pode mais continuar exportando jogador. Exportar jogador significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios. Qual é a maior atração que um país que ama o futebol como o nosso tem para ir num jogo de futebol? Ver os craques. Tem craques no Brasil que estão fora do país há muito tempo. Então, renovar o futebol brasileiro é perceber que um país, com essa paixão pelo futebol, tem todo o direito de ter seus jogadores aqui. - finalizou Dilma Rousseff.
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