sábado, 31 de maio de 2014

Tabagismo e saúde não conjugam


 


Quem fuma vive menos e vive pior. O tabaco está comprovadamente associado a um conjunto de doenças que geram perda de qualidade de vida e contribuem para uma morte mais precoce. Quem fuma tem maior risco de hipertensão e de aterosclerose, insuficiência cardíaca e respiratória, menos resistência ao esforço, menor memória, impotência sexual mais precoce, maior risco de enfarte do miocárdio e de acidente vascular cerebral.
Quase todos os cancros aparecem mais nas pessoas que fumam, mesmo naquelas localizações que se pensaria não serem influenciadas pelo tabaco, como o intestino e a mama. Não é só, longe disso, o cancro do pulmão e o da boca que podem surgir nos fumadores.
A prevalência global de fumadores em Portugal ronda os 20 %, consoante as fontes. No entanto, em torno dos 40 anos, cerca de 40% dos homens e 20% das mulheres fuma, como o Eurobarómetro de 2012 mostra. Nos últimos anos temos assistido a um crescimento do número de mulheres fumadoras com aumento do cancro do pulmão (que até aqui predominava nos homens) e de problemas obstétricos nesta população feminina.
As principais causas de morte, em 2012, ainda eram as doenças cardíacas e vasculares e o cancro. São causas evitáveis com medidas como o abandono do tabagismo.
Devido a doenças relacionadas com o tabaco, em 2011, morreram quase 27 mil das cerca de cem mil pessoas que morrem anualmente (Relatório DGS, 2013). Quatro mil morreram antes de completarem 65 anos. Se formos mais restritivos na análise, como Borges et al. em 2009, teremos cerca de 12 mil mortes anuais relacionadas com o tabaco. Corresponde a 35 mortes por dia.
A epidemia do tabagismo é provocada pelo homem. Por isso está também na nossa mão combatê-la e salvar vidas. Também foi o homem a desencadear a reflexão das suas consequências e a meter-se ao caminho. Na maior parte dos países, o debate partiu da ciência, dos médicos, para a esfera da decisão política, e o debate acendeu-se e tornou-se mediático. Fumar já não confere status ou glamour, bem pelo contrário, os mais pobres e os países mais pobres são os mais afetados.
A maioria das medidas que demonstradamente são eficazes para combater o tabagismo passa pelo controlo do acesso ao tabaco, atuar na publicidade, aumentar preços, limitar espaços onde se pode fumar e informar de forma sistemática sobre os riscos e prejuízos potenciais para quem fume. É preciso proteger as crianças, os trabalhadores e os não-fumadores da exposição passiva ao fumo, ao mesmo tempo que se tem de investir na ajuda à cessação tabágica, matéria em que a limitação dos espaço disponíveis para fumar tem um impacto significativo.
Há um conflito de interesses irreconciliável entre os interesses da indústria do tabaco, o interesse público e a saúde. A indústria do tabaco tem poder económico que usa para interferir com o poder político, exagerar sobre o seu peso na economia dos países, cria grupos de apoio e de pressão, tenta desacreditar a ciência e as provas existentes e, em última análise, usa a via judicial para defender os seus produtos nefastos (Tobacco Industry Interference; a Global Brief, OMS 2012).
O tema de 2014 para o Dia Mundial sem Tabaco é o das" Taxas e Impostos sobre os produtos com Tabaco". Apesar de muitos usarem o argumento da diminuição do retorno fiscal como razão de se manter e proteger o uso de tabaco, a verdade é que impostos mais altos têm efeitos indiscutivelmente benéficos, porque levam à diminuição do consumo e da carga de doença e, a médio prazo, os ganhos de saúde para a população são largamente compensados pela redução da receita. São os grupos socioeconomicamente mais débeis, onde a probabilidade de morrer é maior, que mais beneficiam com o aumento dos impostos sobre o tabaco.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, há, pelo menos, 200 mil mortes anuais de trabalhadores relacionadas com a exposição passiva ao fumo de tabaco. Daí a atenção dada à proteção dos trabalhadores da restauração e dos bares sujeitos à exposição prolongada ao fumo de tabaco. Nos EUA, a primeira interdição de fumar, a dos aviões comerciais, foi essencialmente exigida pelos sindicatos do pessoal de cabine. O Livro Verde Por uma Europa sem fumo: opções estratégicas a nível comunitário, da Comissão Europeia, deixa claro que não há impacto negativo no sector da restauração por restrição de fumo no interior das instalações.
O Estudo da DGS, Infotabac 2011, mostra que a maioria dos inquiridos, mais de 90%, tinha uma opinião favorável quanto à restrição de fumar em locais de uso público.  Um estudo do Eurobarómetro, divulgado em maio de 2007, já revelava que Portugal era o país com maior percentagem de apoio a medidas de restrição ao fumo em restaurantes (84%) e bares (74%), com valores de aprovação superiores a 90% para outros locais públicos.
A maioria dos fumadores quer deixar de fumar e concorda com as medidas que lhes reduzam a oportunidade para consumir tabaco. 99% (noventa e nove) dos fumadores começam a fumar antes dos 25 anos. 77% (setenta e sete) antes dos 18, 22% (vinte e dois) antes dos 15 anos, e 5% (cinco) antes dos dez. A dependência foi estabelecida, na esmagadora maioria dos fumadores adultos, quando eram crianças ou adolescentes. É neste grupo que precisamos de investir mais e mais cedo. Mais importante do que abandonar o vício, é impedir que ele comece.
Vale a pena ter os dentes estragados e amarelos, mau hálito permanente e rugas mais cedo? Será que os nossos jovens têm consciência disto tudo? Fumar não está associado a melhor aparência. Dentes com tártaro e dedos amarelos não se conjugam com juventude nem com saúde.
Secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde
 

quinta-feira, 29 de maio de 2014


EUA, Brasil e México somam a metade dos obesos do planeta, diz estudo

Quase um terço da população mundial tem sobrepeso ou obesidade

 
El País Brasil 29 Mai de 2014 - 20:48
Foto: AP
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
A epidemia de sobrepeso e obesidade avança desenfreada pelo mundo afora e já atinge 2,1 bilhões de pessoas no planeta, quase um terço da população mundial, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista médica The Lancet. O texto alerta que, entre 1980 e 2013, os índices de obesidade em adultos passaram de 28,8% para 36,9% nos homens, e de 29,8% para 38% nas mulheres em todo o mundo. O índice de massa corporal de pessoas com sobrepeso oscila entre 25 e 30, enquanto o dos obesos é superior a 30.
O estudo, realizado pelo Instituto de Medições Sanitárias (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, com dados colhidos em 188 países durante os últimos 30 anos, confirmou um aumento “significativo e generalizado” de pessoas obesas e com sobrepeso desde 1980, quando o número total era de 857 milhões. “Em 30 anos, nenhum país conseguiu reduzir os números da obesidade”, diz Christopher Murray, diretor do IHME.
De acordo com a pesquisa, a epidemia desacelerou entre os adultos dos países desenvolvidos, mas tende a se deslocar para os jovens. A parcela de crianças e adolescentes com este problema aumentou quase 50% em todo o mundo desde 1980. Em 2013, tinham sobrepeso ou obesidade 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas dos países desenvolvidos. A prevalência da epidemia também cresceu nos jovens dos países em desenvolvimento, alcançando 12,9% dos meninos e 13,4% das meninas em 2013. “A obesidade é um problema que afeta pessoas de todas as idades e rendas em qualquer lugar”, diz Murray. O informe indica que, nos países desenvolvidos, a obesidade afeta mais os homens, enquanto nas áreas em desenvolvimento, a epidemia tem mais incidência entre as mulheres.
Com 13% da população mundial de obesos, os Estados Unidos são o país com maior número de pessoas nessa condição. EUA, Brasil e México somam a metade do total mundial.
Na Espanha, a obesidade ou o sobrepeso afeta 27% dos jovens do sexo masculino abaixo de 20 anos, e 23,8% das jovens nessa idade. Em adultos, as cifras sobem para 62,3% dos homens e 46,5% das mulheres.
Os pesquisadores calculam que a epidemia causou 3,4 milhões de mortes em 2010 e as expectativas não parecem otimistas. “Os estilos de vida modernos e o aumento da renda disponível”, somado à falta de “estratégias eficientes” por parte dos países para conter a epidemia, afirma o estudo, agravarão o problema: “Os números aumentarão com o crescimento da renda nos países de baixa ou média renda”, conclui Murray.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Desoneração permanente da folha estimula investimentos da indústria

SÃO PAULO - A decisão do governo de tornar permanente a desoneração da folha de pagamento atende a um pleito da indústria para elevar a competitividade do setor

Da redação

SÃO PAULO -  A decisão do governo de  tornar permanente a desoneração da folha de pagamento atende a um pleito da indústria para elevar a competitividade do setor, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A manutenção do benefício dá mais segurança para as empresas planejarem seus negócios e deve resultar em acréscimo nos investimentos.
"É uma decisão importante para elevar a competitividade do produto brasileiro e dos investimentos. A manutenção da desoneração da folha reduz os custos das empresas com o trabalho, mantendo os direitos dos trabalhadores", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Pouco mais de dois anos após a medida de desoneração da folha de pagamentos começar a ser adotada, os efeitos positivos são sentidos pela grande maioria dos empresários, segundo levantamento feito em janeiro  pela CNI com representantes de 24 setores industriais beneficiados - atualmente, a medida contempla 56 setores ou segmentos de setores. O levantamento mostra que 96% dos entrevistados consideram a medida positiva e 92% dizem que ela deveria ser permanente. Para 84% dos setores, o nível de emprego aumentou ou vai aumentar e para 67% os investimentos cresceram ou vão crescer. O principal benefício apontado é a melhora do fluxo de caixa da empresa (91%) e a redução no valor da contribuição (87%) - era possível dar mais de uma resposta.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Rio deve receber um milhão de turistas na Copa
Governo anuncia ações de sustentabilidade para a Copa>Administração da Arena, Couto e Janguito terá mudanças
A cidade do Rio receberá quase um milhão de pessoas (entre turistas nacionais e internacionais e jornalistas) durante a Copa do Mundo. A estimativa da secretaria municipal de Turismo (RioTur) é de que mais de R$ 1 bilhão seja injetado na economia carioca. A capital será a sede das seleções da Inglaterra, Holanda e Itália (a seleção brasileira está em Teresópolis, na região serrana), da imprensa internacional e hospedará os dirigentes da Fifa e os 90 árbitros e assistentes que comandarão os jogos. O Maracanã será palco de seis jogos e da final do mundial.

Serão 400 mil visitantes estrangeiros, 450 mil brasileiros e 18 mil jornalistas, que já ocupam 80% da rede hoteleira municipal. Com capacidade para 20 mil pessoas por dia, o Fifa Fan Fest funcionará nos 25 dias de jogos com transmissão ao vivo e shows.
Com material informativo, sinalização e pessoal, serão gastos R$ 5,7 milhões, segundo a RioTur. Em toda a cidade haverá 31 postos de informações distribuídos nos aeroportos, rodoviária, estações de metrô e BRT, no Maracanã e nos principais bairros e pontos turísticos (como Copacabana, Ipanema, Centro e Lapa).
Serão instaladas 3.700 placas e adesivos de sinalização em toda a cidade, principalmente em locais com grande circulação de visitantes (como estações de trem e metrô, pontos turísticos e no entorno do estádio). A expectativa da RioTur é que tudo esteja instalado até dia 5 de junho, bem próximo ao início dos jogos "para evitar desgaste" do material, como foi feito em eventos anteriores como Jornada Mundial da Juventude e Copa das Confederações.
Pontos de ônibus, postes, estações de metrô e trem, entre outros locais de visibilidade receberão placas e adesivos com informações sobre dias e horários dos sete jogos que serão realizados no Rio. A RioTur disponibilizará, até 5 de junho, o aplicativo Rio Guia Oficial (para celulares com sistema operacional iOS e Android) com informações sobre a cidade, principais pontos turísticos, bares, restaurantes e hotéis, além dos guias impressos (4,1 milhões de exemplares).
A imprensa terá três espaços: o International Broadcast Center (IBC), no Riocentro, na Barra, com capacidade para 18 mil jornalistas; o Presentations Studios, em Copacabana, na zona sul, que terá dez estúdios de diferentes emissoras de televisão de todo o mundo; e o Centro Aberto de Mídia (CAM), no Forte de Copacabana, que será disponibilizado para todos os profissionais. A expectativa da RioTur é que 3,6 bilhões de espectadores assistam aos 64 jogos via TV ou internet.
Preparação
Não é apenas a prefeitura que está se preparando para a chegada da Copa do Mundo. Os vendedores ambulantes do entorno do Maracanã também querem receber bem os turistas. O ambulante Cláudio Silva, de 42 anos, vende bebidas, camisas e acessórios do Brasil perto do estádio e, apesar de misturar inglês e espanhol, aprendeu a se comunicar com os turistas. "Sei falar algumas coisas do meu jeito. É o inglês Joel Santana. Por exemplo: uno é três reales, dois é cinco", brincou.
Já Lourival Carvalho, de 43, está mais empenhado em agradar os visitantes. Há um ano, trabalhando nos arredores do Maracanã, ele comprou um livro de inglês para aprender os números de um a 20, o equivalente aos "preços das mercadorias". "Direta e indiretamente, trabalhamos com turismo. Então, temos que saber o básico, pelo menos, para ter uma comunicação com o turista. Vem chileno, argentino, venezuelano, inglês. O mundo todo vem conhecer o Maracanã. Eu já sei até como é a palavra água em japonês: [aspa]tissum[aspa] (na verdade, seria algo como [aspa]mizu[aspa])".
O inglês Michael Pitzel, de 40, veio aproveitar sete dias no Brasil antes da Copa e aprovou a dedicação dos ambulantes. Ele comprou uma camisa não oficial do Flamengo por R$ 40 depois de intensa negociação com Silva que mostrou os valores apontando os números no livro e com as mãos. "A negociação funcionou, consegui entendê-los, sim. Eu gosto de conhecer pessoas, também faz parte da experiência e esses dois caras me divertiram muito."

domingo, 25 de maio de 2014

Brasil pode assumir liderança mundial na agricultura

 
Com uma extensa dimensão territorial e maior disponibilidade de recursos hídricos, o Brasil tem grandes chances de assumir a liderança na agricultura mundial nos próximos anos. Diferentemente de nações como os Estados Unidos e a China, que são dependentes de sistemas de irrigação e já não dispõem de novas áreas para abertura agrícola, o País desfruta de condições climáticas favoráveis, que o permitem cultivar até duas safras em algumas áreas de sequeiro.
A avaliação é de Warren Kreyzig, analista de commodities do Banco Julius Baer, que atua no Brasil por meio de participação de 80% na GPS Investimentos Financeiros e Participações SA. De acordo com ele, o déficit hídrico é a principal restrição para produção global de alimentos. "Essa restrição de água deve melhorar a perspectiva de demanda para o Brasil, que se tornará o grande provedor de alimentos do mundo", comentou Kreyzig em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Com base em um cenário de crescimento médio da economia e sem considerar eventuais ganhos de eficiência, ele projeta que o consumo mundial de água crescerá 50% até 2030, o que resultará em um déficit de aproximadamente 2,7 bilhões de metros cúbicos. O analista do banco suíço observou que a agricultura irrigada responde por cerca de 70% do consumo global de água e, dada a expansão demográfica e o aumento dos níveis de consumo, os produtores terão de competir com a indústria por recursos hídricos em países que não são favorecidos em termos de hidrografia quanto o Brasil.
Kreyzig alertou, contudo, que o setor agropecuário brasileiro precisará de investimentos maciços para ocupar a liderança no mercado mundial. Entre os aspectos que precisam ser aprimorados, ele citou a logística de escoamento da produção. "A situação melhorou muito em relação ao ano passado e vislumbramos um bom futuro para o Brasil na agricultura", reforçou.
Os preços mais altos das commodities agrícolas, sobretudo dos grãos, permitiu ao produtor se capitalizar a ampliar os desembolsos na lavoura. Mas o analista do Julius Baer alertou para uma redução dos lucros na safra 2014/15. No caso da soja, ele adota um viés baixista por causa da perspectiva de uma produção norte-americana recorde e da queda na demanda doméstica por ração animal em meio à disseminação da diarreia epidêmica suína. "Também esperamos cancelamentos de cargas dos EUA porque, embora tenham melhorado, as margens de esmagamento na China ainda estão negativas", justificou.
Para Kreyzig, as cotações da oleaginosa devem encerrar o ano comercial 2013/14, que vai até 31 de agosto, em torno de US$ 13 por bushel no curto prazo. Para o contrato novembro, referente à nova colheita norte-americana, ele trabalha com uma perspectiva de US$ 10,50 por bushel.
Em relação ao milho, o analista do banco suíço citou uma tendência neutra, já que o cereal é mais vulnerável que a soja às condições climáticas. "Junho e julho são os meses mais importantes e precisamos ver como o clima se sairá", disse, apontado uma meta de US$ 4,50 por bushel para os próximos três meses.
Quanto ao trigo, Kreyzig observou que o mundo está bem abastecido e, mesmo com problemas de seca nos EUA, os estoques tendem a permanecer em níveis confortáveis. Por isso, ele prevê que os futuros da commodity recuem para US$ 6,30 por bushel nos próximos três meses e, depois, acentuem as perdas até US$ 6 por bushel no mês seguinte.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Aécio: PSB terá que ter bom argumento para justificar rompimento em Minas

Se houver mudança será decisão exclusivamente deles, afirmou o pré candidado tucano ao Planalto

23 de maio de 2014 | 21h 45
Luciana Nunes Leal - O Estado de S. Paulo
Rio - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira, 23, que o PSB, do presidenciável Eduardo Campos, "terá que ter um argumento muito bom" para justificar um possível rompimento da aliança com os tucanos em Minas Gerais e o lançamento de uma candidatura própria socialista ao governo do Estado mineiro.

Aécio disse ter recebido nesta semana um telefonema do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato ao Senado, dizendo-se surpreso com notícias de que o PSB vai deixar a aliança com o PSDB.
"Não fizemos uma aliança para esta eleição. Temos uma aliança em favor de um projeto que vem sendo desenvolvido há muitos anos em Minas Gerais. Se houver uma mudança, a decisão será exclusivamente deles. Vão ter que encontrar um discurso para justificar o rompimento neste momento pré-eleitoral. Eu vou sempre honrar os compromissos que assumo. O presidente do PSB, Eduardo Campos, ainda não me procurou", afirmou Aécio, que participou de reunião com empresários em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Aécio disse que, se a aliança PSB-PSDB em Minas terminar, os tucanos de Pernambuco tomarão uma decisão sobre a manutenção ou não do apoio ao PSB naquele Estado. Segundo Aécio, o quadro eleitoral em Minas não terá necessariamente como resposta o lançamento de uma candidatura tucana em Pernambuco.
Aécio disse que o primeiro grande ato político reunindo todos os partidos que o apoiam no Rio acontecerá no dia 5 de junho e vai reunir parte do PMDB, PP, PPS, Solidariedade e PSD.
Questionado sobre como pretende reduzir o favoritismo da presidente Dilma Rousseff no Estado do Rio, Aécio disse que as diferenças entre seu projeto e o do PT ficarão mais claras ao longo da campanha. "Existe uma desconexão das promessas da presidente com a realidade do Brasil. Hoje assistimos a um Brasil virtual, quase uma lavagem cerebral na cabeça do eleitor", afirmou Aécio.
"Nossos palanques são mais sólidos que os do PT. Nós conquistamos 90% dos `planos A'' que tínhamos nos Estados", afirmou o tucano, referindo-se aos acordos firmados com outros partidos para a próxima eleição.


Tópicos: Eleições, Aécio, PSB

terça-feira, 20 de maio de 2014

ILIMAR FRANCO19.5.2014 14h40m
          Os senadores, os deputados e os dirigentes regionais do PTB estão vindo para Brasília, na quarta-feira, para manifestar o apoio dos trabalhistas à candidatura da presidente Dilma Rousseff. O ato será na sede do PTB e dos 27 estados, 23 diretórios regionais estão fechados com a candidata petista ao Planalto.
-- A aprovação formal da coligação vai ocorrer na convenção, em junho, mas estamos nos antecipando e promovendo um ato político de apoio à presidente -- afirma o presidente nacional do PTB, Benito Gama.
          O presidente do PSD, Gilberto Kassab, nega a possibilidade do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles concorrer a vice na chapa de Aécio Neves. Ele afirma que há um compromisso fechado com a presidente Dilma. Além disso, integrantes da Executiva do PSD negam este movimento. Alegam que apoiar o PSDB ao governo paulista é uma coisa, mas que seria questionável do ponto de vista ético Kassab romper o compromisso de dar o tempo de TV do partido para a campanha da presidente Dilma.
-- O apoio à reeleição da presidente Dilma está consolidado. Parece que há uma estratégia para criar um clima de debandada. Não sei como o Meirelles poderia ser vice do Aécio se a questão com a Dilma é fechada -- diz Kassab.
          A coligação da reeleição deve ter, além do PT; o partido do vice, o PMDB; partidos de esquerda, como o PCdoB e o PDT; e, o partido do senador Marcelo Crivella, o PRB. A presidente Dilma não conseguirá repetir os partidos que a apoiaram nas eleições de 2010.
         O PSB terá como candidato à Presidência o ex-governador Eduardo Campos (PE) e o PSC lançará seu presidente, o Pastor Everaldo, para o Planalto. Os nanicos PTC e PTN abandonaram a aliança e se acertaram com o candidato do PSDB, senador Aécio Neves.
         Há divisão no PR. O líder na Câmara, Bernardo Santana, é muito ligado ao tucano Aécio Neves. Ele tentou anunciar, no início do mês, a independência do partido, mas teve de recuar. Mesmo assim, Santana continua ativo e especula-se que ele tenha alguma ascendência sobre o ex-presidente Valdemar Costa Neto. Sobretudo, depois de ter contribuído financeiramente para Valdemar pagar multa milionária, fixada pelo STF, por ter sido condenado no processo do mensalão.
ILIMAR FRANCO20.5.2014 10h53m
          O Grito da Terra, promovido há 20 anos pela Contag, tirou Brasília do mapa. A entidade já colocou oito mil trabalhadores rurais na Esplanada dos Ministérios. Mas, no ano em que a presidente Dilma concorre à reeleição, a Contag resolveu ficar em casa. Ela fará atos dispersos nos 26 estados e no DF, e apenas uma comissão irá ao gabinete da presidente. Não se faz mais mobilização como antigamente.
O drama do Ceará
A cúpula do PMDB no Senado reuniu-se ontem, em São Paulo, com o ex-presidente Lula. Na pauta a eleição para o governo do Ceará. Renan, Braga, Eunício, Romero e Raup foram insistir para que Lula convença o governador Cid Gomes (PROS) e seu irmão, Ciro, a apoiarem a candidatura ao governo do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. “Se isso ocorrer é uma vitória garantida e por ampla margem de votos”, relatou um dirigente do partido. O estado tem cerca de 6,5 milhões de eleitores e a expectativa é de obter 60% dos votos. A presidente Dilma também tem se esforçado. Esses movimentos são feitos com muita cautela para evitar uma reação mercurial dos Gomes.
Diálogo delicado
A expectativa dos senadores do PMDB é que o ex-presidente Lula chame para uma conversa o deputado José Guimarães (PT-CE), candidato ao Senado, e que defende apoiar o nome lançado pela família Gomes ao governo do Ceará.
Num dia, vou ao aeroporto esperar Aécio Neves, levá-lo para fazer campanha. No outro, vou ao aeroporto buscar Eduardo Campos e fazer tudo igual novamente

Pedro Taques 
Senador (PDT) e candidato ao governo do Mato Grosso, sobre o palanque duplo nos Estados
Dois palanques
O ex-presidente Lula vai vir mesmo ao Rio pedir votos para o candidato do PT ao governo, Lindbergh Farias. Ontem, em São Paulo, isso foi dito aos senadores do PMDB. Mas estes garantem que Lula também virá ao estado pedir votos para o ex-governador Sérgio Cabral, que é candidato ao Senado. Os senadores acharam que a conversa foi muito boa.
Cartão vermelho
O ex-presidente Lula enquadrou o PT do Amapá. Os petistas querem lançar a vice-governadora, Dora Nascimento, para o Senado. Lula avisou que vai apoiar e fazer campanha para a reeleição do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB).
Politicamente adequado
As bancadas feminina e religiosa só esperam a votação pendente do Plano Nacional de Educação, para se enfrentarem. O lobby feminista fez emenda para restabelecer no texto que a escola deve combater às discriminações e promover ações de combate as desigualdades regionais, raciais, de gênero e orientação sexual.
Acordão na Polícia Federal
Com a decisão do STJ de proibir greve, na Copa, dos Policiais Federais, os agentes tiveram que ceder. Eles devem aceitar a proposta do governo. Para isso, pedem para arquivar os processos disciplinares que estão na Corregedoria da PF.

Se a moda pega
O TSE vai atuar como nunca na eleição. O PSDB entrou com ação contra o candidato ao governo Lobão Filho (PMDB-MA). Acusa-o de mentir para fazer terrorismo eleitoral. Lobinho disse que Aécio Neves vai acabar com o Bolsa Família.
PONTO FINAL. O ex-governador José Serra (PSDB) registrou no Twitter: “Serei candidato a um cargo no Legislativo federal (Câmara ou Senado). E só!”.
ILIMAR FRANCO19.5.2014 14h40m
          Os senadores, os deputados e os dirigentes regionais do PTB estão vindo para Brasília, na quarta-feira, para manifestar o apoio dos trabalhistas à candidatura da presidente Dilma Rousseff. O ato será na sede do PTB e dos 27 estados, 23 diretórios regionais estão fechados com a candidata petista ao Planalto.
-- A aprovação formal da coligação vai ocorrer na convenção, em junho, mas estamos nos antecipando e promovendo um ato político de apoio à presidente -- afirma o presidente nacional do PTB, Benito Gama.
          O presidente do PSD, Gilberto Kassab, nega a possibilidade do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles concorrer a vice na chapa de Aécio Neves. Ele afirma que há um compromisso fechado com a presidente Dilma. Além disso, integrantes da Executiva do PSD negam este movimento. Alegam que apoiar o PSDB ao governo paulista é uma coisa, mas que seria questionável do ponto de vista ético Kassab romper o compromisso de dar o tempo de TV do partido para a campanha da presidente Dilma.
-- O apoio à reeleição da presidente Dilma está consolidado. Parece que há uma estratégia para criar um clima de debandada. Não sei como o Meirelles poderia ser vice do Aécio se a questão com a Dilma é fechada -- diz Kassab.
          A coligação da reeleição deve ter, além do PT; o partido do vice, o PMDB; partidos de esquerda, como o PCdoB e o PDT; e, o partido do senador Marcelo Crivella, o PRB. A presidente Dilma não conseguirá repetir os partidos que a apoiaram nas eleições de 2010.
         O PSB terá como candidato à Presidência o ex-governador Eduardo Campos (PE) e o PSC lançará seu presidente, o Pastor Everaldo, para o Planalto. Os nanicos PTC e PTN abandonaram a aliança e se acertaram com o candidato do PSDB, senador Aécio Neves.
         Há divisão no PR. O líder na Câmara, Bernardo Santana, é muito ligado ao tucano Aécio Neves. Ele tentou anunciar, no início do mês, a independência do partido, mas teve de recuar. Mesmo assim, Santana continua ativo e especula-se que ele tenha alguma ascendência sobre o ex-presidente Valdemar Costa Neto. Sobretudo, depois de ter contribuído financeiramente para Valdemar pagar multa milionária, fixada pelo STF, por ter sido condenado no processo do mensalão.