segunda-feira, 31 de março de 2014

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  1. Qualquer semelhança entre a extinta UDN e o PSDB não é mera coincidência!

sábado, 29 de março de 2014

Em debate, no Rio, Franklin Martins volta a defender ‘mídia técnica’

27/3/2014 13:30
CORREIO DO BRASIL - Por Redação - do Rio de Janeiro
Franklin Martins
Franklin Martins defende a ‘mídia técnica’ como parâmetro para investimentos do governo em publicidade

No debate promovido por uma iniciativa do Instituto Casa Grande, em um teatro na Zona Sul do Rio, encerrado no início da madrugada desta quinta-feira, o ex-ministro Franklin Martins, secretário de Comunicação Social durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender os parâmetros da ‘mídia técnica’ como condição para os investimentos do governo no setor. O tema gerou polêmica.
Questionado sobre a eficácia do método, Franklin Martins apontou a necessidade de parâmetros técnicos capazes de permitir que cada veículo de comunicação receba o volume de publicidade condizente com a sua audiência. Na opinião do jornalista, “é preciso, agora, um ajuste nestes parâmetros, pois estão visivelmente defasados”, diante das novas preferências do público quando aos meios que utiliza para se informar.
Na resposta ao editor-chefe do Correio do Brasil, jornalista Gilberto de Souza, sobre o apoio maciço aos veículos conservadores, principalmente a Rede Globo, “que apoiou, e ainda apoia, a ditadura”, como afirmou, Martins lembrou que, ao assumir o posto no governo Lula, os critérios da ‘mídia técnica’ permitiram uma redução de mais de R$ 400 milhões no repasse à Rede Globo. Desta forma, lembrou, tais recursos passaram a ser distribuídos para um número maior de jornais, revistas e sites na internet que, até aquele momento, não constavam entre as prioridades do Núcleo de Mídia da Presidência da República.
O ex-ministro, porém, não levou em consideração que, para atingir a posição de liderança que ainda detêm no cenário midiático nacional, a Rede Globo e suas empresas afiliadas receberam um volume de recursos ainda não dimensionado durante os governos ditatoriais, capaz de permitir a formação da maior fortuna que uma família detém no Brasil, com mais de US$ 40 bilhões, segundo a revista norte-americana Forbes.
– Para que os critérios da mídia técnica possam ser justos, efetivamente, o governo deveria, mais do que agir como um anunciante comercial, fomentar o crescimento de uma mídia independente, capaz de neutralizar, ao longo do tempo, os efeitos maléficos que a ditadura impôs à sociedade brasileira ao carrear um volume gigantesco de dinheiro apenas para aquelas empresas que apoiaram o golpe de Estado. Uma delas, a Folha da Manhã, que edita o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, emprestava seus veículos para o transporte de prisioneiros políticos até os porões do Doi-CODI, onde muitos morreram torturados e, a exemplo da Rede Globo, também age agora como vestal da democracia – disse o editor do CdB.
Franklin Martins, ainda em sua resposta, chegou a cogitar a necessidade da formação de “um fundo, com recursos destinados a apoiar” novas iniciativas no setor, mas sem oferecer mais detalhes sobre o plano.
Reforma política
O debate, intitulado Comunicação, democracia e reforma política, que teve a mediação do ex-senador Saturnino Braga, visou também ampliar discussão sobre a necessidade de um novo contexto político-eleitoral no país. Ao lado do ex-presidente da OAB e atual presidente da Comissão da Verdade-RJ , Wadih Damous, e do coordenador da Consulta Popular, Ricardo Gebrin, o ex-ministro Franklin Martins lembrou que, mais ou menos 10 anos atrás, toda a imprensa brasileira defendia a reforma política. Entretanto, nas discussões atuais sobre esse tema, não se verifica mais tal unanimidade. O jornalista contrastou a eficácia das eleições majoritárias com a dificuldade em se compreender, na sua totalidade, o processo das eleições proporcionais, no Brasil.
– Enquanto que as eleições para presidente, governadores, senadores e prefeitos são bem compreendidas pelos eleitores, as eleições para deputados federais, deputados estaduais e vereadores são tidas como absolutamente confusas. É precisamente esta confusão que tem servido para frear o Poder Executivo – disse Franklin Martins.

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sexta-feira, 28 de março de 2014

Empresários que apoiaram o golpe de 64 construíram grandes fortunas



27/3/2014 14:20
Por Redação, com Viomundo - de São Paulo
As Organizações Globo conspiraram contra o governo de Jango e sustentaram a ditadura
As Organizações Globo conspiraram contra o governo de Jango e sustentaram a ditadura
Com mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo sobre os empresários e o golpe de 64 e em fase de conclusão do doutorado sobre os empresários e a Constituição de 1988, o professor Fabio Venturini esmiuçou os detalhes de “como a economia nacional foi colocada em função das grandes corporações nacionais, ligadas às corporações internacionais e o Estado funcionando como grande financiador e impulsionador deste desenvolvimento, desviando de forma legalizada — com leis feitas para isso — o dinheiro público para a atividade empresarial privada”. Segundo o pesquisador, é isto o que nos afeta ainda hoje, pois os empresários conseguiram emplacar a continuidade das vantagens na Carta de 88.
Em artigo no site Viomundo, Venturini cita uma série de empresários que se deram muito bem durante a ditadura militar, como o banqueiro Ângelo Calmon de Sá (ligado a Antonio Carlos Magalhães, diga-se) e Paulo Maluf (empresário que foi prefeito biônico, ou seja, sem votos, de São Paulo). Na outra ponta, apenas dois empresários se deram muito mal com o golpe de 64: Mário Wallace Simonsen, um dos maiores exportadores de café, dono da Panair e da TV Excelsior; e Fernando Gasparian. Ambos eram nacionalistas e legalistas. A Excelsior, aliás, foi a única emissora que chamou a “Revolução” dos militares de “golpe” em seu principal telejornal.
Sobre as vantagens dadas aos empresários: além da repressão desarticular o sindicalismo, com intervenções, prisões e cassações, beneficiou grupos como o Ultra, de Henning Albert Boilesen, alargando prazo para pagamento de matéria prima ou recolhimento de impostos, o que equivalia a fazer um empréstimo sem juros, além de outras vantagens. Boilesen, aliás, foi um dos que fizeram caixa para a tortura e compareceu pessoalmente ao Doi-CODI para assistir a sessões de tortura. Foi justiçado por guerrilheiros.

Brilhante Ustra foi desmentido quando afirmou que não havia tortura e assassinatos nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo
Brilhante Ustra recebia visitas de empresários durante as sessões de tortura e assassinatos nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo
Outros empresários estiveram na mira da resistência, como Octávio Frias de Oliveira, do Grupo Folha, que apoiou o golpe. Frias e seu sócio Carlos Caldeira ficaram com o espólio do jornal que apoiou João Goulart, Última Hora, além de engolir o Notícias Populares e, mais tarde, ficar com parte do que sobrou da Excelsior. Porém, o que motivou o desejo da guerrilha de justiçar Frias foi o fato de que o Grupo Folha emprestou viaturas de distribuição de jornal para campanas da Operação Bandeirante (a Ultragás, do Grupo Ultra, fez o mesmo com seus caminhões de distribuição de gás). Mais tarde, a Folha entregou um de seus jornais, a Folha da Tarde, à repressão.
– Se uma empresa foi beneficiada pela ditadura, a mais beneficiada foi a Globo, porque isso não acabou com a ditadura. Roberto Marinho participou da articulação do golpe, fez doações para o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes, que organizou o golpe). O jornal O Globo deu apoio durante o golpe. Em 65, o presente, a contrapartida foi a concessão dos canais de TV, TV Globo, Canal 4 do Rio de Janeiro e Canal 5 São Paulo – disse Fabio Venturini.
Globo lucrou
Ainda segundo o pesquisador, “na década de 70, porém, a estrutura de telecomunicações era praticamente inexistente no Brasil e foi totalmente montada com dinheiro estatal, possibilitando entre outras coisas ter o primeiro telejornal que abrangesse todo o território nacional, que foi o Jornal Nacional, que só foi possível transmitir nacionalmente por causa da estrutura construída com dinheiro estatal. Do ponto-de-vista empresarial, sem considerar o conteúdo, a Globo foi a que mais lucrou”.
Já que em 1985, no ocaso da ditadura, “Roberto Marinho era o dono da opinião pública”, acrescentou o professor.
Segundo Fabio Venturini, na ditadura imposta a partir de 1964 os militares se inspiraram na ditadura de Getúlio Vargas. Lembra que, naquela ditadura, o governo teve vários problemas para controlar um aliado, o magnata das comunicações, Assis Chateaubriand.
– No golpe de 64 o Assis Chateaubriand já estava doente, o grupo Diários Associados estava em decadência. O Roberto Marinho foi escolhido para substituir Assis Chateaubriand. Tinha o perfil de ser uma pessoa ligada ao poder. Tendo poder, tendo benefício, ele estava lá. A Globo foi pensada como líder de um aparato de comunicação para ser uma espécie de BBC no Brasil. A BBC atende ao interesse público. No Brasil foi montada uma empresa privada, de interesse privado, para ser porta-voz governamental. Se a BBC era para fiscalizar o Estado, a Globo foi montada para evitar a fiscalização do Estado. Tudo isso tem a contrapartida, uma empresa altamente lucrativa, que se tornou uma das maiores do mundo (no ramo) – afirma.
Venturini fala, ainda, em pelo menos dois mistérios ainda não esclarecidos da ditadura: os dois incêndios seguidos na TV Excelsior, em poucos dias, e a lista dos empresários que ingressaram no DOI-CODI para ver sessões de espancamento ou conversar com o comandante daquele centro de torturas, Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ele comenta a tese, muito comum na Folha de S. Paulo, de que houve um contragolpe militar para evitar um regime comunista, o que chama de “delírio”.
Venturini também fala do papel de Victor Civita, do Grupo Abril, que “tinha simpatia pela ordem” e usou suas revistas segmentadas para fazer a cabeça de empresários, embora não tenha conspirado. Finalmente, explica a relação dos empresários com as nuances da ditadura pós-golpe. Um perfil liberal, pró-americano, em 64; um perfil ‘desenvolvimentista’, mais nacionalista, a partir de 67/68.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Dilma segue em agenda positiva enquanto oposição se debate por CPI

25/3/2014 14:03
Por Redação - de São José dos Campos, SP
Dilma assina a ordem de serviço para o início das obras em Pinheirinho
Dilma assina a ordem de serviço para o início das obras em Pinheirinho

No primeiro de uma série de eventos marcados para esta semana, a presidenta Dilma Rousseff assinou, nesta terça-feira, um contrato para construção de moradias aos sem-teto, expulsos pela Polícia Militar paulista do assentamento de Pinheirinho, em 2012. Dilma relembrou, em sua conta no Twitter, a ação truculenta da Tropa de Choque do governo do Estado de São Paulo em janeiro de 2012 ao despejar cerca de 1,5 mil famílias do bairro de Pinheirinho, em São José dos Campos. “O despejo das famílias da comunidade do #Pinheirinho, em S. José dos Campos, em 22/01/2012, nunca será esquecido”, escreveu Dilma.
– Quero dizer para as famílias do Pinheirinho. Quando vocês, daqui a um ano, entrarem na casa de vocês, entrem de cabeça erguida. Vocês não devem essa casa a ninguém, nem a mim, não devem ao governo federal, ao governo estadual nem à prefeitura. Essa casa vem primeiro, do dinheiro arrecadado do povo brasileiro. Segundo, vem também da luta de vocês. Vocês conquistaram essa casa. Vocês têm direito a ela, é uma questão de cidadania e é assim que o povo do Brasil tem de ser tratado – disse a presidenta, em seu discurso.
A presidenta assinou, sem a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) – algoz dos assentados – o contrato para o início das obras do Residencial Pinheirinho, que terá 1,7 mil moradias “em área regularizada, com todos os serviços públicos”. Segundo Dilma, serão “casas que vão proporcionar a cada família a oportunidade de recomeçar a vida com dignidade”.
“Hoje um novo #Pinheirinho está surgindo no horizonte. Estou em S. José dos Campos para o início das obras do Residencial”, escreveu a presidente. Segundo ela, a construção das moradias, que se dá dois anos depois do despejo das famílias, aconteceu “a partir do diálogo com movimento social e entre os governos federal, estadual e municipal” e “que somamos recursos para os residenciais”.
A desocupação de Pinheiro foi uma ação de reintegração de posse em uma área do bairro de São José dos Campos. O terreno, de propriedade do empresário Naji Nahas, ficou abandonado por mais de dez anos e passou a ser ocupado pelas famílias em 2004 de maneira irregular. A comunidade foi retirada de suas casas de forma violenta, classificada pela própria presidente Dilma, na época, como “barbárie”.
O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo divulgou, em 2013, um relatório com mais de 1,8 mil denúncias de violações de direitos humanos que teriam ocorrido durante o despejo. São relatos de ameaças, agressão física, humilhação e problemas nos alojamentos temporários. A Defensoria Pública move cerca de mil ações pedindo indenização.
Sem CPI
O périplo de Dilma por uma série de eventos marcados ao longo da semana serve para apagar, de certa forma, o incêndio político que se propaga no Congresso. Nesta terça-feira, decisiva para a criação de uma CPI da Petrobras no Senado, seu principal adversário, o senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato à sucessão presidencial, este ano, liderava os esforços da oposição para instalar uma investigação sobre a compra, pela estatal, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. As chances de conseguir atingir seu objetivo, segundo observadores da cena política, ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, eram mínimas.
Para Aécio, a resposta divulgada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada explicando as circunstâncias da aquisição foi “insuficiente”, por isso ressalta a necessidade de uma CPI a fim de “dar respostas à sociedade”. O líder da Minoria na Câmara, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), pretendia apresentar um projeto de resolução para a criação da CPI na Casa. Segundo ele, os partidos de oposição se organizam para conseguir o apoio de parlamentares da base governista.
– Queremos que não seja uma CPI política ou da oposição, mas, sim, uma CPI de interesse do povo para esclarecer um assunto que envolve a maior empresa pública brasileira. Nossa proposta, embora apresentada pela oposição, é para ser abraçada por todos – completou.
Para o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), as iniciativas da oposição têm endereço certo, em ano eleitoral.
– Falaram que a presidência da República é a ‘principal autoridade nessa negociata’; ninguém pode se dirigir nesses termos à nação brasileira, colocando a Presidência da República ou tentando colocá-la sob suspeição. Até porque Dilma foi de uma honestidade intelectual que muitos não tiveram no cargo que ela ocupa hoje – concluiu.

quarta-feira, 26 de março de 2014


domingo, 23 de março de 2014

Maior crise hídrica de São Paulo expõe lentidão do governo e sistema frágil

Atualizado em  22 de março, 2014 - 10:11 (Brasília) 13:11 GMT
Não só o verão seco e de calor intenso explica a crise; Faltou ação do governo, diz o Ministério Público
No dia 1º de fevereiro, 8,8 milhões de paulistanos foram surpreendidos por uma novidade: se consumissem 20% menos água, ganhariam desconto de 30% na conta seguinte. O bônus faz parte das medidas emergenciais adotadas pelo governo do Estado durante a pior crise hídrica vivida por São Paulo na sua história recente. A princípio, o bônus valeria até setembro, mas, em março, foi estendido até o fim do ano. O significado da prorrogação é claro: o problema é grave e não há previsão de quando será resolvido – e a situação pode piorar.
Após o verão mais quente e seco em sete décadas, o nível do principal conjunto de reservatórios da região metropolitana, o Sistema Cantareira, chegou a 14,6% na última sexta-feira, o mais baixo desde que foi criado, em 1974. O comitê anticrise, formado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), estima que o Cantareira se esgotará pela primeira vez em junho, se nada for feito.
O governo de São Paulo aponta como razão o clima. "Com mudanças climáticas, tem ano em que chove demais e, em outros, de menos", afirmou o governador Geraldo Alckmin em entrevista à rádio Bandeirantes. "É uma situação excepcional."
Mas a situação não é tão incomum. Maria Assunção Silva Dias, pesquisadora de Ciências Atmosféricas da USP, diz à BBC Brasil que São Paulo já viveu períodos graves de escassez. “Não é nem preciso falar em mudanças climáticas. Existe a variabilidade normal do clima", afirma Dias. "Desde 1930, tivemos vários anos de precipitação bem abaixo da média, alguns deles seguidos. Se aconteceu no passado, pode acontecer de novo. Não é surpresa."
Entre 2009 e 2013, São Paulo viveu a situação contrária, com chuvas até 30% acima da média. Era natural, diz a especialista, que em seguida viesse um período de seca. "Tinha-se a ideia de que havia autossuficiência de água em São Paulo, mas não é verdade”, afirma Dias. “A crise expôs a fragilidade do sistema, que opera no limite. Bastaram três meses de pouca chuva para ver que ele não se sustenta."

Dependência

A permissão para que a Sabesp retire água do Cantareira foi renovada há dez anos, quando o atual governador Alckmin ocupava o mesmo cargo. Na época, já se previa no contrato de outorga buscar formas de reduzir a dependência da região da capital, que é abastecida por outros três sistemas – o Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Claro -, em relação ao Cantareira.
Um dos reservatórios do sistema Cantareira
Ministério Público de SP avalia que estado continua a retirar a mesma quaintdade de água que há dez anos
Na avaliação do Ministério Público do Estado (MPE), o governo não cumpriu essa exigência. "São Paulo continua a retirar a mesma quantidade de água do que há dez anos e pede ainda mais na nova permissão, que será conferida em agosto", diz a promotora Alexandra Faccioli. "Estamos passando por esta situação porque o planejamento falhou. Não foi feito o que era necessário."
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, diz que medidas importantes foram tomadas, como a redução do desperdício de água no sistema de transmissão de 30,7%, em 2011, para 25,7% em 2013. Ainda assim, hoje um quarto da água tratada se perde em algum lugar do caminho entre a represa e a torneira.
O governo passou a captar mais água da bacia do Alto Tietê: de 10 mil litros por segundo para 15 mil litros por segundo. Também começou as obras para usar mais 4,7 mil litros por segundo do Vale do Ribeira, no interior do estado, com a construção do sistema São Lourenço. O início das operações era previsto para 2016, mas foi revisto para 2018. "Sem essas ações estaria faltando água", diz Giriboni. "A falta de chuvas complica."

Abaixo do normal

Não se pode, de fato, desconsiderar a questão climática entre os motivos desse momento crítico. O último verão foi o mais quente desde 1943, quando começaram as medições. A temperatura média, de 31,3°C, ficou 3°C acima do que no verão passado. Tudo graças a uma zona de alta pressão do Oceano Atlântico, que ficou parada sobre a região Sudeste por semanas e afastou as frentes frias e as chuvas.
O alerta soou em dezembro, quando choveu 72% abaixo do normal. Em janeiro e fevereiro, a média foi 66% e 64% menor, respectivamente. É a estiagem mais intensa nos registros de chuvas feitos desde 1930.
A pior marca anterior, de 61%, havia ocorrido em janeiro de 1953. Mas, na época, havia dez vezes menos pessoas vivendo na grande São Paulo, que conta com aproximadamente 20 milhões de habitantes atualmente.
"O crescimento urbano acelerado aumentou a demanda de forma desorganizada. Com isso, o sistema ruiu”, diz Mario Mendiondo, professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), à BBC Brasil. "É a crise mais impactante dos últimos 80 anos."

Alerta

No entanto, o governo estadual já havia sido alertado da fragilidade do sistema em 2009, durante a administração de José Serra, que é do mesmo partido do atual governador Geraldo Alckmin, o PSDB. Um documento produzido pela Fundação de Apoio à USP, o relatório final do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, destacava que o Cantareira tinha um “déficit de grande magnitude” e aconselhava que medidas fossem tomadas para evitar seu colapso.
O Ministério Público questiona ainda a ação do governo durante a crise. Em 3 de fevereiro, o MPE e o Ministério Público Federal enviaram um documento ao governo recomendando que a quantidade de água enviada a São Paulo fosse reduzida.
A Sabesp tem direito a usar 24,8 mil litros por segundo do sistema Cantareira. Com a seca, vinha usando 33 mil litros. Fazia isso porque tinha direito a um excedente previsto nas regras. Se em um ano chove bastante e não se usa toda a água, ela é contabilizada como economia e pode ser distribuída à população depois.
A redução acabou sendo realizada, um mês depois – primeiro para 31 mil litros e, agora, para 27,9 mil litros por segundo. "Cumprimos as determinações dos órgãos reguladores", diz o secretário Giriboni. "A situação é avaliada mensalmente, e havia em fevereiro uma possibilidade estatística de que chovesse bastante. Só que não choveu."

Risco

Manter o volume retirado evitou que as torneiras secassem, mas acelerou o esvaziamento do Cantareira. "Respeitar o limite da permissão implicaria em racionamento, medida que já deveria ter sido adotada. Mas há uma resistência grande em fazer isso porque não parece ser conveniente no momento", diz Faccioli, do MPE. "Colocou-se o sistema em risco. Precisamos de medidas de longo prazo e não imediatistas."
Para evitar o racionamento, o governo estadual iniciou obras avaliadas em R$ 80 milhões nas represas de Jaguari e Jacareí, no município de Joanópolis, e de Atibainha, em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Isso permitirá retirar a água que fica no fundo, além do alcance do atual sistema de captação. Esse recurso nunca havia sido usado.O chamado volume morto é de cerca de 400 bilhões de litros. A previsão é usar metade.
Ainda foram redirecionadas águas das Bacias do Tietê e Guarapiranga para atender 3 milhões de pessoas. A exigência de consumo mínimo de água foi suspenso. A empresa ModClima foi contratada por R$ 4,5 milhões para produzir chuva artificial sobre os reservatórios. E houve um corte de 15% da quantidade de água vendida para as cidades de São Caetano e Guarulhos – esta última aplicou um sistema de racionamento para compensar a perda.

Dois novos 'Cantareiras'

Mas, segundo cálculos do próprio governo em um estudo elaborado ao longo de mais de cinco anos - e apresentado neste mês -, São Paulo necessita dois novos sistemas equivalentes ao Cantareira nos próximos 20 anos para evitar o desabastecimento. O investimento é de, no mínimo, R$ 4 bilhões.
Duas barragens na região das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí já começaram a serem construídas. Quando estiverem prontas, em 2018, gerarão 7 mil litros por segundo. O estado ainda tenta obter junto ao governo federal autorização para ligar o Cantareira à Represa Jaguari, em Igaratá, por meio de canais e bombas. Avaliada em R$ 500 milhões, a ligação levaria mais 5,1 mil litros por segundo ao Cantareira a partir do segundo semestre de 2015.
Esta represa recebe água do Rio Paraíba do Sul, que abastece 184 cidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Governo e prefeituras fluminenses resistem à proposta. "Meus técnicos adiantaram que é uma possibilidade remota, eu diria inviável, porque ela implica atrapalhar o abastecimento da população do Rio", disse o governador Sérgio Cabral, em sua conta no Twitter. "Isso não será tolerado."

Peso eleitoral

A questão começa também a ganhar peso eleitoral. Na sexta-feira, dois pré-candidatos ao governo estadual, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha e o presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticaram o governo Alckmin.
"Se uma obra pode resolver o problema em um ano, por que não foi anunciada antes?", questionou Skaf em um congresso no interior do estado. Padilha fez coro em um artigo: "Soluções permanentes levam quatro anos (para ficar prontas). Resta torcer para que chova".
As perspectivas não são animadoras. Apesar de em março ter chovido acima da média, não foi suficiente para reverter a situação do Cantareira. Segundo um estudo do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a cabeceira do sistema precisa receber ao menos três vezes mais chuvas do que o normal para elevá-lo a níveis mínimos.
Com o início do outono, na última sexta-feira, a expectativa é de boa quantidade de chuvas entre abril e maio, mas a tendência é que a escassez volte dali em diante com o tempo seco do inverno. "Dificilmente vamos sair dessa situação crítica até a próxima temporada de chuvas, no fim do ano", afirma Dias, da USP. Enquanto isso, é melhor economizar água.
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Ocupações nas favelas do Rio serão por tempo indeterminado, afirma PM

Porta-voz da PM divulgou vídeo no YouTube para esclarecer ocupações.
Tenente-coronel ratificou que governo não recuará na política de pacificação

Do G1 Rio
O Governo do Rio de Janeiro divulgou na tarde deste sábado (22) um vídeo em que o porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudio Costa, explica as grandes operações policiais que entraram em curso na noite de sexta-feira (21) na capital. 

PARA ACESSAR O VÍDEO, CLIQUE NO SEGUINTE LINK:

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/03/ocupacoes-nas-favelas-do-rio-sao-por-tempo-indeterminado-afirma-pm.html

Ele afirmou que as ocupações serão "por tempo indeterminado". As comunidades ocupadas são Parque União e Nova Holanda, no Conjunto de Favelas da Maré, Manguinhos, na Zona Norte do Rio, e os morros do Juramento e Juramentinho, em Vicente de Carvalho, Para Pedro, no Colégio, e Chapadão, em Costa Barros, todos no Subúrbio.

O oficial explicou que as comunidades alvo das operações "estão dominadas por uma determinada facção criminosa que vem atacando as Unidades de Polícia Pacificadora". Ele enfatizou que o governo não irá recuar na política de pacificação e convocou a população a ajudar no combate aos criminosos por meio de denúncias sobre localização de bandidos, armas e drogas.

O governo do Rio aguarda o envio de tropas federais para apoiar a polícia nas operações. O pedido de auxílio foi feito pelo governador Sérgio Cabral diretamente à presidente Dilma Rousseff.  A assessoria da Secretaria Estadual de Segurança informou que o esquema de reforço do Exército nas comunidades cariocas será definido em uma reunião na segunda-feira (24). O encontro deve reunir representantes do governo do estado, o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, e o chefe do estado-maior das Forças Armadas, José Carlos de Nardi.

Fuzil e drogas são apreendidos durante operação no Parque União (Foto: Polícia Militar / Divulgação )Fuzil e drogas são apreendidos durante operação
no Parque União (Foto: Polícia Militar / Divulgação )
Mortos e apreensões
De acordo com a Polícia Militar, dois suspeitos morreram após trocarem tiros com PMs na favela Para Pedro. Três homens foram detidos e um menor apreendido. Foram confiscados ainda um fuzil, uma metralhadora, duas pistolas, drogas, telefones e munição. Também foram encontradas quatro granadas defensivas, que, segundo a PM, são de de uso exclusivo das forças armadas. Não há informações sobre como os criminosos tiveram acesso ao artefato.

Até as 17h deste sábado, também tinham sido apreendidos sete quilos de maconha prensada e três de cocaína, um fuzil AK 47, dois carregadores de pistola e uma granada no conjunto de favelas da Maré. Na Comunidade Nova Holanda foram apreendidos uma pistola, um carregador, munições, uma granada lacrimogênio, quatro balanças de precisão, quatro rádios portáteis, 91 cápsulas de cocaína e meio quilo de maconha.
No Parque União, o Bope apreendeu um fuzil, uma granada, carregadores de pistola e drogas. Não houve troca de tiros e as ocorrências foram encaminhadas para a 21ª DP (Bonsucesso).
Cães dão apoio na varredura feita pela PM na Maré (Foto: Polícia Militar / Divulgação)Cães dão apoio na varredura feita pela PM na Maré
(Foto: Polícia Militar / Divulgação)
Varredura na Maré
O Bope está atuando na Maré com um efetivo de 120 homens e tem o apoio do Grupamento Aéreo do Comando de Operações Especiais (Coe). De acordo com o batalhão, o objetivo é fazer uma "varredura" na área.

A ocupação acontece após uma série de ataques a bases de UPP na quinta-feira (20). Sete favelas pacificadas tiveram registro de ofensiva de criminosos somente em 2014, como levantou o G1.
Em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, na sexta, o governador Sérgio Cabral pediu auxílio de forças federais de segurança. O Comando Militar do Leste (CML) informou ao G1 na manhã deste sábado que ainda não há previsão para início de atuação do Exército na Maré ou em outras comunidades do Rio.
Em um dos ataques, o mais grave, o comandante da UPP Manguinhos, capitão Gabriel Toledo, foi baleado na coxa e cinco bases da UPP Mandela, além de dois carros da PM, foram incendiados. Outro policial ficou ferido. Para especialistas ouvidos pelo G1, o projeto não corre risco, mas precisa de apoio.
Após reunião do gabinete de crise, na madrugada de sexta, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que os ataques teriam sido orquestrados por uma facção criminosa e que a ordem teria partido de dentro de presídios.
"Nós temos, sim, confirmado. Eu posso dizer isso a vocês, nós temos isso confirmado. E o que nós viemos fazer aqui [reunião no Centro Integrado de Comando e Controle] é exatamente um plano para que nós possamos proteger sem dúvida nenhuma a cidade de mais esta crise", afirmou Beltrame.
Choque ocupa Chapadão desde a noite de sexta (Foto: Reprodução/ TV Globo)Choque ocupa Chapadão desde a noite de sexta (Foto: Reprodução/ TV Globo)
 
Polícia atua no Morro do Juramento após ataques a UPPs no Rio (Foto: TV Globo/Reprodução)Polícia atua no Morro do Juramento após ataques a UPPs no Rio (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ações orquestradas
A Polícia Militar do Rio de Janeiro acredita que as ações criminosas que ocorreram em três UPPs da Zona Norte tenham sido orquestradas. O comandante-geral das UPPs, Coronel Frederico Caldas, disse na manhã desta sexta-feira (21) que nunca houve um evento tão extremo como o que ocorreu em Manguinhos.

"Não temos mais dúvidas de que o que aconteceu em Manguinhos, Arará, Mandela e Camarista/Méier foram ações orquestradas. Apesar de ser uma área de hostilidade, em Manguinhos nunca tivemos um evento tão extremo como o que aconteceu ontem. Cinco das sete bases foram incendiadas e algumas viaturas também", disse coronel Frederico Caldas.
Apesar da relação entre os ataques, Caldas exclui a troca de tiros no Conjunto de Favelas do Alemão desta lista. Segundo ele, a ação no Alemão, também na noite de quinta, foi pontual.
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sábado, 22 de março de 2014

Após reunião no Planalto, governo promete tropas federais para o Rio

Presidente Dilma Rousseff teve encontro com governador Sérgio Cabral.
Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) são alvos de ataque do crime.

Juliana Braga e Vitor Matos Do G1, em Brasília

 O governo anunciou nesta sexta-feira (21) que vai enviar tropas federais para ajudar na segurança pública no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

O governador foi a Brasília para pedir auxílio ao governo federal, depois de ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na capital fluminense. O comandante da UPP de Manguinhos foi baleado e um PM levou uma pedrada na cabeça. Os dois foram socorridos e não correm risco de morrer.
O ministro e o governador não informaram quais serão as tropas federais que vão para o estado nem a quantidade de homens que serão enviados. De acordo com Cardozo, as informações são mantidas em sigilo por motivo de segurança.
"Que forças vão, onde vão atuar, como vão intervir, não vou responder. Questões de segurança pública são tratadas sigilosamente", afirmou o ministro.
Cabral disse que, ao ceder as tropas, a presidente deu uma prova de "solidariedade". "O fato é que teremos das forças federais o apoio que nunca nos faltou. A presidente Dilma Rousseff nunca nos faltou com seu apoio e sua solidariedade. É mais uma hora de prova dessa solidariedade com o estado do Rio em um setor tão importante como a segurança", afirmou o governador.
Na noite desta quinta-feira (20), houve ataques às comunidades pacificadas de Manguinhos, Camarista Méier e Complexo do Alemão. Dois policiais ficaram feridos. As regiões amanheceram com policiamento reforçado. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade estão em alerta máximo, segundo o comandante das bases, Frederico Caldas.
Cabral atribuiu os ataques às UPPs a uma tentativa de "desmoralizar" a política e segurança do Rio. "Eles querem que nós recuemos. Nós vamos avançar, com o apoio da presidente Dilma e do governo federal. É um momento em que as UPPs estão sendo provocadas, uma tentaiva clara de desmoralizar a politica de pacificação que fez do Rio de Janeiro uma referência em ocupação territorial", disse o governador.
Cardozo e Cabral informaram que na próxima segunda-feira (24), no Rio, haverá uma reunião entre representantes do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa e do governo estadual para definir detalhes do auxílio federal no plano de segurança.
No entanto, de acordo com Cardozo, o reforço das tropas federais já estará disponível neste fim de semana, caso seja necessário.
"Sem prejuízo à nossa reunião de segunda, o governo federal já estará apoiando medidas que possam ser tomadas no fim de semana. Governo federal e governo do Rio são mais fortes juntos que o crime organizado", disse o ministro.
Cardozo foi questionado por jornalistas sobre a segurança na Copa do Mundo. Ele afirmou que o governo "está seguro de que teremos uma excelente Copa". "Temos um plano para a Copa do Mundo, que foi exaustivamente discutido com os governos estaduais", afirmou.
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sexta-feira, 21 de março de 2014

SP: morre capitão de primeiro título mundial do Brasil



Morreu nesta quinta-feira Hilderaldo Luís Bellini, capitão do primeiro título mundial da Seleção Brasileira de futebol, em 1958. O ex-zagueiro, que também se sagrou campeão em 62, teve problemas devido ao Mal de Alzheimer e não resistiu.
Bellini estava com 83 anos de idade e tinha Mal de Alzheimer Foto: Gazeta Press
Bellini estava com 83 anos de idade e tinha Mal de Alzheimer
Foto: Gazeta Press

Bellini foi internado na noite de quarta-feira (19 de março), no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, aos 83 anos de idade. Ele sofria há mais de 10 anos com o Mal de Alzheimer.

No mês passado, após ficar hospitalizado por 60 dias, passou a receber acompanhamento médico em casa. O quadro da doença estava piorando gradativamente e, há cerca de três anos, o ex-zagueiro perdeu a fala.

No fim do ano passado, por exemplo, o capitão da conquista de 58, na Suécia, havia sido internado, mas voltou a sentir os mesmos problemas agora. Bellini foi campeão mundial pela Seleção também em 1962, no Chile, quando cedeu a faixa de capitão a Mauro.

Bellini, o eterno capitão verde-amarelo

Bellini foi o primeiro capitão da Seleção Brasileira a conquistar uma Copa do Mundo, em 1958. Ele ficou conhecido no mundo todo como o precursor do gesto de levantar a taça. Segundo relatos, após a conquista de 58, o capitão recebeu a Jules Rimet e os fotógrafos, que não conseguiam ver o troféu, pediram para que ele o levantasse, imortalizando assim tal ato.
Ex-zagueiro fez história no Vasco com três títulos cariocas Foto: Gazeta Press
Ex-zagueiro fez história no Vasco com três títulos cariocas
Foto: Gazeta Press

Nascido em Itapira-SP, em 7 de junho de 1930, Hilderado Luiz Bellini começou a jogar em 1949, na Esportiva São Joanense. Transferiu-se ao Vasco da Gama em 1952, onde permaneceu até 1961. Foi jogando pelo time de São Januário que o zagueiro conquistou os únicos títulos em clubes: três Campeonatos Cariocas, em 1952, 1956 e 1958, e um Torneio Rio-São Paulo, em 1958.

Em 1962, o zagueiro foi para o São Paulo, onde ficou até 1968. Mesmo não conquistando nenhum título com a camisa do time do Morumbi, Bellini jogou com a mesma garra e seriedade que sempre foram a marca registrada dele. Em 1969, encerrou a carreira no Atlético-PR.

Com a camisa da Seleção Brasileira, o zagueiro conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962. Apesar de não ser dos mais habilidosos da história, Bellini se destacava por ser um jogador com muita raça e força. Até por isso, foi o capitão da conquista de 58.

A foto levantando a Taça Jules Rimet com as mãos sobre a cabeça é uma das marcas do futebol brasileiro, e passou a ser repetida por todo capitão em caso de título. Bellini, que tem uma estátua na porta do Estádio Maracanã em  homenagem e simbolizando o gesto, deixa mulher e dois filhos.
Veja gesto consagrado pelo capitão Bellini na Copa de 1958Clique no link para iniciar o vídeo
Veja gesto consagrado pelo capitão Bellini na Copa de 1958

terça-feira, 18 de março de 2014

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