sábado, 22 de março de 2014

Após reunião no Planalto, governo promete tropas federais para o Rio

Presidente Dilma Rousseff teve encontro com governador Sérgio Cabral.
Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) são alvos de ataque do crime.

Juliana Braga e Vitor Matos Do G1, em Brasília

 O governo anunciou nesta sexta-feira (21) que vai enviar tropas federais para ajudar na segurança pública no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

O governador foi a Brasília para pedir auxílio ao governo federal, depois de ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na capital fluminense. O comandante da UPP de Manguinhos foi baleado e um PM levou uma pedrada na cabeça. Os dois foram socorridos e não correm risco de morrer.
O ministro e o governador não informaram quais serão as tropas federais que vão para o estado nem a quantidade de homens que serão enviados. De acordo com Cardozo, as informações são mantidas em sigilo por motivo de segurança.
"Que forças vão, onde vão atuar, como vão intervir, não vou responder. Questões de segurança pública são tratadas sigilosamente", afirmou o ministro.
Cabral disse que, ao ceder as tropas, a presidente deu uma prova de "solidariedade". "O fato é que teremos das forças federais o apoio que nunca nos faltou. A presidente Dilma Rousseff nunca nos faltou com seu apoio e sua solidariedade. É mais uma hora de prova dessa solidariedade com o estado do Rio em um setor tão importante como a segurança", afirmou o governador.
Na noite desta quinta-feira (20), houve ataques às comunidades pacificadas de Manguinhos, Camarista Méier e Complexo do Alemão. Dois policiais ficaram feridos. As regiões amanheceram com policiamento reforçado. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade estão em alerta máximo, segundo o comandante das bases, Frederico Caldas.
Cabral atribuiu os ataques às UPPs a uma tentativa de "desmoralizar" a política e segurança do Rio. "Eles querem que nós recuemos. Nós vamos avançar, com o apoio da presidente Dilma e do governo federal. É um momento em que as UPPs estão sendo provocadas, uma tentaiva clara de desmoralizar a politica de pacificação que fez do Rio de Janeiro uma referência em ocupação territorial", disse o governador.
Cardozo e Cabral informaram que na próxima segunda-feira (24), no Rio, haverá uma reunião entre representantes do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa e do governo estadual para definir detalhes do auxílio federal no plano de segurança.
No entanto, de acordo com Cardozo, o reforço das tropas federais já estará disponível neste fim de semana, caso seja necessário.
"Sem prejuízo à nossa reunião de segunda, o governo federal já estará apoiando medidas que possam ser tomadas no fim de semana. Governo federal e governo do Rio são mais fortes juntos que o crime organizado", disse o ministro.
Cardozo foi questionado por jornalistas sobre a segurança na Copa do Mundo. Ele afirmou que o governo "está seguro de que teremos uma excelente Copa". "Temos um plano para a Copa do Mundo, que foi exaustivamente discutido com os governos estaduais", afirmou.
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