terça-feira, 20 de maio de 2014

ILIMAR FRANCO20.5.2014 10h53m
          O Grito da Terra, promovido há 20 anos pela Contag, tirou Brasília do mapa. A entidade já colocou oito mil trabalhadores rurais na Esplanada dos Ministérios. Mas, no ano em que a presidente Dilma concorre à reeleição, a Contag resolveu ficar em casa. Ela fará atos dispersos nos 26 estados e no DF, e apenas uma comissão irá ao gabinete da presidente. Não se faz mais mobilização como antigamente.
O drama do Ceará
A cúpula do PMDB no Senado reuniu-se ontem, em São Paulo, com o ex-presidente Lula. Na pauta a eleição para o governo do Ceará. Renan, Braga, Eunício, Romero e Raup foram insistir para que Lula convença o governador Cid Gomes (PROS) e seu irmão, Ciro, a apoiarem a candidatura ao governo do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. “Se isso ocorrer é uma vitória garantida e por ampla margem de votos”, relatou um dirigente do partido. O estado tem cerca de 6,5 milhões de eleitores e a expectativa é de obter 60% dos votos. A presidente Dilma também tem se esforçado. Esses movimentos são feitos com muita cautela para evitar uma reação mercurial dos Gomes.
Diálogo delicado
A expectativa dos senadores do PMDB é que o ex-presidente Lula chame para uma conversa o deputado José Guimarães (PT-CE), candidato ao Senado, e que defende apoiar o nome lançado pela família Gomes ao governo do Ceará.
Num dia, vou ao aeroporto esperar Aécio Neves, levá-lo para fazer campanha. No outro, vou ao aeroporto buscar Eduardo Campos e fazer tudo igual novamente

Pedro Taques 
Senador (PDT) e candidato ao governo do Mato Grosso, sobre o palanque duplo nos Estados
Dois palanques
O ex-presidente Lula vai vir mesmo ao Rio pedir votos para o candidato do PT ao governo, Lindbergh Farias. Ontem, em São Paulo, isso foi dito aos senadores do PMDB. Mas estes garantem que Lula também virá ao estado pedir votos para o ex-governador Sérgio Cabral, que é candidato ao Senado. Os senadores acharam que a conversa foi muito boa.
Cartão vermelho
O ex-presidente Lula enquadrou o PT do Amapá. Os petistas querem lançar a vice-governadora, Dora Nascimento, para o Senado. Lula avisou que vai apoiar e fazer campanha para a reeleição do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB).
Politicamente adequado
As bancadas feminina e religiosa só esperam a votação pendente do Plano Nacional de Educação, para se enfrentarem. O lobby feminista fez emenda para restabelecer no texto que a escola deve combater às discriminações e promover ações de combate as desigualdades regionais, raciais, de gênero e orientação sexual.
Acordão na Polícia Federal
Com a decisão do STJ de proibir greve, na Copa, dos Policiais Federais, os agentes tiveram que ceder. Eles devem aceitar a proposta do governo. Para isso, pedem para arquivar os processos disciplinares que estão na Corregedoria da PF.

Se a moda pega
O TSE vai atuar como nunca na eleição. O PSDB entrou com ação contra o candidato ao governo Lobão Filho (PMDB-MA). Acusa-o de mentir para fazer terrorismo eleitoral. Lobinho disse que Aécio Neves vai acabar com o Bolsa Família.
PONTO FINAL. O ex-governador José Serra (PSDB) registrou no Twitter: “Serei candidato a um cargo no Legislativo federal (Câmara ou Senado). E só!”.
ILIMAR FRANCO19.5.2014 14h40m
          Os senadores, os deputados e os dirigentes regionais do PTB estão vindo para Brasília, na quarta-feira, para manifestar o apoio dos trabalhistas à candidatura da presidente Dilma Rousseff. O ato será na sede do PTB e dos 27 estados, 23 diretórios regionais estão fechados com a candidata petista ao Planalto.
-- A aprovação formal da coligação vai ocorrer na convenção, em junho, mas estamos nos antecipando e promovendo um ato político de apoio à presidente -- afirma o presidente nacional do PTB, Benito Gama.
          O presidente do PSD, Gilberto Kassab, nega a possibilidade do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles concorrer a vice na chapa de Aécio Neves. Ele afirma que há um compromisso fechado com a presidente Dilma. Além disso, integrantes da Executiva do PSD negam este movimento. Alegam que apoiar o PSDB ao governo paulista é uma coisa, mas que seria questionável do ponto de vista ético Kassab romper o compromisso de dar o tempo de TV do partido para a campanha da presidente Dilma.
-- O apoio à reeleição da presidente Dilma está consolidado. Parece que há uma estratégia para criar um clima de debandada. Não sei como o Meirelles poderia ser vice do Aécio se a questão com a Dilma é fechada -- diz Kassab.
          A coligação da reeleição deve ter, além do PT; o partido do vice, o PMDB; partidos de esquerda, como o PCdoB e o PDT; e, o partido do senador Marcelo Crivella, o PRB. A presidente Dilma não conseguirá repetir os partidos que a apoiaram nas eleições de 2010.
         O PSB terá como candidato à Presidência o ex-governador Eduardo Campos (PE) e o PSC lançará seu presidente, o Pastor Everaldo, para o Planalto. Os nanicos PTC e PTN abandonaram a aliança e se acertaram com o candidato do PSDB, senador Aécio Neves.
         Há divisão no PR. O líder na Câmara, Bernardo Santana, é muito ligado ao tucano Aécio Neves. Ele tentou anunciar, no início do mês, a independência do partido, mas teve de recuar. Mesmo assim, Santana continua ativo e especula-se que ele tenha alguma ascendência sobre o ex-presidente Valdemar Costa Neto. Sobretudo, depois de ter contribuído financeiramente para Valdemar pagar multa milionária, fixada pelo STF, por ter sido condenado no processo do mensalão.

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