Alemanha vence Argentina e conquista tetracampeonato
Com o gol, as torcidas brasileira e alemã, que por todo o jogo se uniram contra os rivais argentinos, explodiram de alegria. Veja como foi a partida
Após 24 anos de espera, a Alemanha voltou ao topo do futebol mundial. Neste domingo, no templo sagrado do Maracanã, a 'Mannschaft' derrotou a Argentina por 1 a 0 na prorrogação e conquistou sua quarta Copa do Mundo.
O gol do tetracampeonato alemão veio apenas aos 12 minutos do segundo
tempo da prorrogação com Mario Götze, que recebeu ótimo passe de
Schurrle, dominou no peito e tirou de Romero sem deixar a bola cair.
A vitória também representa a redenção de Gotze, que começou o Mundial como titular, mas perdeu a vaga depois de algumas fracas atuações. Agora, o jovem atacante se tornou o herói da grande conquista da 'Mannschaft'.
É difícil questionar o merecimento da seleção alemã, que chegou à final ao massacrar o Brasil por 7 a 1 na semifinal. A Alemanha iniciou um projeto de reformulação da equipe nacional para a Copa de 2006 depois do vice-campeonato mundial em 2002, derrotada por 2 a 0 pelo Brasil.
Já a Argentina de Alejandro Sabella acabou não conseguindo vingar a seleção de 1990, quando perdeu a final para a própria Alemanha, e terá que ficar pelo menos por mais quatro anos na fila.
Khedira se lesiona aquecendo
A festa estava pronta. Cerca de 74 mil torcedores de várias nacionalidades lotaram o Maracanã para ver Alemanha e Argentina decidirem o título da 20ª Copa do Mundo.
Apesar do esforço para poder jogar a grande final, Di María, que sentiu a coxa nas quartas de final contra a Bélgica, não se recuperou a tempo, mas ficou no banco de reservas.
Em seu lugar, o técnico Alejandro Sabella optou por escalar a mesma equipe que havia mostrado muita solidez contra a Holanda, nas semifinais, deixando Enzo Peréz e Lucas Biglia entre os 11 titulares.
Na Alemanha, Joachim Low foi obrigado a inovar. O volante Khedira, titular absoluto, sentiu dores no aquecimento e deu lugar a Christoph Kramer, jovem de 23 anos.
A proposta de jogo das duas equipes ficou evidente desde os primeiros minutos.
Sabendo da qualidade incomparável do meio-campo alemão, a Argentina se fechou bem atrás e deixou os europeus com a posse de bola, na esperança de matar o jogo no contra-ataque, graças à velocidade do craque Lionel Messi e de Ezquiel Lavezzi.
Aos 4 minutos, a estratégia argentina quase deu certo de cara. Lavezzi puxou contra-ataque pela direita, Higuaín recebeu dentro da pequena área e chutou cruzado. Neuer fez golpe de vista.
No ataque seguinte, aos 8, Messi deu a primeira arrancada, também pela direita, e deixou Hummels, um dos melhores zagueiros da Copa, para trás com extrema facilidade. Ao chegar na linha de fundo, o atacante cruzou para ninguém e a zaga alemã afastou o perigo.
Higuaín, autor do gol salvador contra os belgas, nas quartas, teve, em seguida, a chance que todo matador pede a Deus.
Aos 21 minutos, o centro-avante do Napoli recebeu um presente de Kroos, que recuou errado de cabeça, e apareceu cara a cara com Manuel Neuer. Na hora do chute, Higuaín se precipitou e errou completamente a pontaria, mandando a bola pela linha de fundo.
Aos 30, Higuaín teve oportunidade de se redimir. Lavezzi recebeu de Messi pela direita e cruzou na medida para o atacante, que pegou de primeira na marca do pênalti e balançou as redes.
Higuaín saiu comemorando como um louco, como se tivesse marcado o gol do título argentino, mas mal sabia ele que o árbitro já tinha paralisado corretamente o lance por impedimento.
Para piorar a situação da Alemanha, Kramer, que começou como titular por causa da lesão de Khedira, também se machucou e precisou ser substituído. O atacante Andre Schurrle entrou em seu lugar.
Os alemães contavam com o apoio da torcida brasileira, que gritava 'Olé!" a cada toque de bola e respondia aos cantos argentinos com o famoso "Mil gols, Mil gols, só o Pelé!". Os desfalques inesperados evidenciaram a qualidade do elenco alemão, que não perdeu a qualidade do seu jogo.
No fim do primeiro tempo, os comandados de Low colocaram a bola no chão e começaram a assustar o goleiro Sergio Romero.
Aos 37, Thomas Muller, com muita liberdade tática para se movimentar pelo campo, apareceu pela direita, deu um lindo drible de corpo em Zabaleta e ajeitou para Schurrle. O atacante do Chelsea pegou de primeira e Romero precisou espalmar para escanteio.
Ozil, sumido em campo, apareceu aos 43 e fez grande jogada. O meia do Arsenal tirou dois marcadores com um toque sutil e tocou para Kroos finalizar. Romero defendeu com segurança.
Nos acréscimos, a Alemanha quase abriu o placar. Num escanteio da direita, o zagueiro Howedes se adiantou à marcação e acertou uma bomba de cabeça que foi parar na trave argentina.
Jogo truncado
Após um primeiro tempo muito movimentado e emocionante, digno de uma final de Copa do Mundo, as duas equipes voltaram a campo para os últimos 45 minutos com as mesmas posturas.
Sabella, porém, tirou Lavezzi e colocou Sergio Aguero, habitual titular que ainda se recupera de uma lesão na coxa.
Como na primeira etapa, a Argentina foi a primeira a assustar o gol adversário.
Logo aos 3 minutos, Messi recebeu livre pela esquerda, invadiu a área e chutou cruzado. A bola passou perto da trave de Neuer.
Mas, dessa vez, a Alemanha demorou menos para reagir, conseguiu trocar passes com qualidade e parou de dar espaços ao ataque argentino.
Como a equipe de Sabella também se manteve sólida na defesa, o segundo tempo acabou sendo mais truncado do que o primeiro, com menos lances de perigo.
Messi, sempre ele, tentou acabar com a apatia ofensiva argentina apenas aos 33, quando recebeu na entrada da área, cortou para a esquerda e tentou chutar colocado. A bola saiu pela linha de fundo.
Nos últimos dez minutos de jogo, a Alemanha buscou de forma mais agressiva o gol do título, mas acabava pecando no último toque.
Aos 38, Ozil recebeu na ponta direita e rolou para Kroos finalizar na entrada da área. O chute saiu fraco e à direita do gol de Romero.
Não houve jeito de desempatar a final da Copa do Mundo no tempo regulamentar e os dois times tiveram que encarar a prorrogação, algo que ambas as equipes já haviam feito neste Mundial.
Götze heroico
No primeiro lance do tempo extra, a Alemanha quase marcou. Götze, que entrou no lugar de Klose, tocou e Schurrle, mais uma vez, chutou para boa defesa de Romero.
A torcida da Argentina, conhecida por nunca parar de cantar e apoiar seus jogadores, compareceu em grande número ao Maracanã, mas pareceu sentir o melhor momento europeu no jogo. Os argentinos só voltaram a incentivar o time aos 7 minutos, quando Palácio recebeu ótimo lançamento e ficou na cara do gol alemão. O atacante tentou encobrir Neuer, e a bola acabou saindo pela linha de fundo.
Mais sólida e corajosa, a Alemanha foi recompensada aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação.
O jovem Mario Götze, que entrou no lugar do veterano Miroslav Klose, recebeu ótimo passe de Schurrle, dominou no peito e tirou de Romero sem deixar a bola cair.
Com o gol, as torcidas brasileira e alemã, que por todo o jogo se uniram contra os rivais argentinos, explodiram de alegria.
Ao som do apito final, os 'hermanos' desabaram nas arquibancadas e em campo, chorando copiosamente mais uma derrota em finais para a Alemanha. Já os alemães, conhecidos pela frieza, não cabiam em si, e agora têm um quarto título mundial no currículo conquistado no país do futebol.
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A vitória também representa a redenção de Gotze, que começou o Mundial como titular, mas perdeu a vaga depois de algumas fracas atuações. Agora, o jovem atacante se tornou o herói da grande conquista da 'Mannschaft'.
É difícil questionar o merecimento da seleção alemã, que chegou à final ao massacrar o Brasil por 7 a 1 na semifinal. A Alemanha iniciou um projeto de reformulação da equipe nacional para a Copa de 2006 depois do vice-campeonato mundial em 2002, derrotada por 2 a 0 pelo Brasil.
Já a Argentina de Alejandro Sabella acabou não conseguindo vingar a seleção de 1990, quando perdeu a final para a própria Alemanha, e terá que ficar pelo menos por mais quatro anos na fila.
Khedira se lesiona aquecendo
A festa estava pronta. Cerca de 74 mil torcedores de várias nacionalidades lotaram o Maracanã para ver Alemanha e Argentina decidirem o título da 20ª Copa do Mundo.
Apesar do esforço para poder jogar a grande final, Di María, que sentiu a coxa nas quartas de final contra a Bélgica, não se recuperou a tempo, mas ficou no banco de reservas.
Em seu lugar, o técnico Alejandro Sabella optou por escalar a mesma equipe que havia mostrado muita solidez contra a Holanda, nas semifinais, deixando Enzo Peréz e Lucas Biglia entre os 11 titulares.
Na Alemanha, Joachim Low foi obrigado a inovar. O volante Khedira, titular absoluto, sentiu dores no aquecimento e deu lugar a Christoph Kramer, jovem de 23 anos.
A proposta de jogo das duas equipes ficou evidente desde os primeiros minutos.
Sabendo da qualidade incomparável do meio-campo alemão, a Argentina se fechou bem atrás e deixou os europeus com a posse de bola, na esperança de matar o jogo no contra-ataque, graças à velocidade do craque Lionel Messi e de Ezquiel Lavezzi.
Aos 4 minutos, a estratégia argentina quase deu certo de cara. Lavezzi puxou contra-ataque pela direita, Higuaín recebeu dentro da pequena área e chutou cruzado. Neuer fez golpe de vista.
No ataque seguinte, aos 8, Messi deu a primeira arrancada, também pela direita, e deixou Hummels, um dos melhores zagueiros da Copa, para trás com extrema facilidade. Ao chegar na linha de fundo, o atacante cruzou para ninguém e a zaga alemã afastou o perigo.
Higuaín, autor do gol salvador contra os belgas, nas quartas, teve, em seguida, a chance que todo matador pede a Deus.
Aos 21 minutos, o centro-avante do Napoli recebeu um presente de Kroos, que recuou errado de cabeça, e apareceu cara a cara com Manuel Neuer. Na hora do chute, Higuaín se precipitou e errou completamente a pontaria, mandando a bola pela linha de fundo.
Aos 30, Higuaín teve oportunidade de se redimir. Lavezzi recebeu de Messi pela direita e cruzou na medida para o atacante, que pegou de primeira na marca do pênalti e balançou as redes.
Higuaín saiu comemorando como um louco, como se tivesse marcado o gol do título argentino, mas mal sabia ele que o árbitro já tinha paralisado corretamente o lance por impedimento.
Para piorar a situação da Alemanha, Kramer, que começou como titular por causa da lesão de Khedira, também se machucou e precisou ser substituído. O atacante Andre Schurrle entrou em seu lugar.
Os alemães contavam com o apoio da torcida brasileira, que gritava 'Olé!" a cada toque de bola e respondia aos cantos argentinos com o famoso "Mil gols, Mil gols, só o Pelé!". Os desfalques inesperados evidenciaram a qualidade do elenco alemão, que não perdeu a qualidade do seu jogo.
No fim do primeiro tempo, os comandados de Low colocaram a bola no chão e começaram a assustar o goleiro Sergio Romero.
Aos 37, Thomas Muller, com muita liberdade tática para se movimentar pelo campo, apareceu pela direita, deu um lindo drible de corpo em Zabaleta e ajeitou para Schurrle. O atacante do Chelsea pegou de primeira e Romero precisou espalmar para escanteio.
Ozil, sumido em campo, apareceu aos 43 e fez grande jogada. O meia do Arsenal tirou dois marcadores com um toque sutil e tocou para Kroos finalizar. Romero defendeu com segurança.
Nos acréscimos, a Alemanha quase abriu o placar. Num escanteio da direita, o zagueiro Howedes se adiantou à marcação e acertou uma bomba de cabeça que foi parar na trave argentina.
Jogo truncado
Após um primeiro tempo muito movimentado e emocionante, digno de uma final de Copa do Mundo, as duas equipes voltaram a campo para os últimos 45 minutos com as mesmas posturas.
Sabella, porém, tirou Lavezzi e colocou Sergio Aguero, habitual titular que ainda se recupera de uma lesão na coxa.
Como na primeira etapa, a Argentina foi a primeira a assustar o gol adversário.
Logo aos 3 minutos, Messi recebeu livre pela esquerda, invadiu a área e chutou cruzado. A bola passou perto da trave de Neuer.
Mas, dessa vez, a Alemanha demorou menos para reagir, conseguiu trocar passes com qualidade e parou de dar espaços ao ataque argentino.
Como a equipe de Sabella também se manteve sólida na defesa, o segundo tempo acabou sendo mais truncado do que o primeiro, com menos lances de perigo.
Messi, sempre ele, tentou acabar com a apatia ofensiva argentina apenas aos 33, quando recebeu na entrada da área, cortou para a esquerda e tentou chutar colocado. A bola saiu pela linha de fundo.
Nos últimos dez minutos de jogo, a Alemanha buscou de forma mais agressiva o gol do título, mas acabava pecando no último toque.
Aos 38, Ozil recebeu na ponta direita e rolou para Kroos finalizar na entrada da área. O chute saiu fraco e à direita do gol de Romero.
Não houve jeito de desempatar a final da Copa do Mundo no tempo regulamentar e os dois times tiveram que encarar a prorrogação, algo que ambas as equipes já haviam feito neste Mundial.
Götze heroico
No primeiro lance do tempo extra, a Alemanha quase marcou. Götze, que entrou no lugar de Klose, tocou e Schurrle, mais uma vez, chutou para boa defesa de Romero.
A torcida da Argentina, conhecida por nunca parar de cantar e apoiar seus jogadores, compareceu em grande número ao Maracanã, mas pareceu sentir o melhor momento europeu no jogo. Os argentinos só voltaram a incentivar o time aos 7 minutos, quando Palácio recebeu ótimo lançamento e ficou na cara do gol alemão. O atacante tentou encobrir Neuer, e a bola acabou saindo pela linha de fundo.
Mais sólida e corajosa, a Alemanha foi recompensada aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação.
O jovem Mario Götze, que entrou no lugar do veterano Miroslav Klose, recebeu ótimo passe de Schurrle, dominou no peito e tirou de Romero sem deixar a bola cair.
Com o gol, as torcidas brasileira e alemã, que por todo o jogo se uniram contra os rivais argentinos, explodiram de alegria.
Ao som do apito final, os 'hermanos' desabaram nas arquibancadas e em campo, chorando copiosamente mais uma derrota em finais para a Alemanha. Já os alemães, conhecidos pela frieza, não cabiam em si, e agora têm um quarto título mundial no currículo conquistado no país do futebol.
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