sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Inflação oficial atinge o menor patamar em quatro anos com variação de 0,01%

8/8/2014 14:32
Por Redação - do Rio de Janeiro

A inflação, que tem permanecido ao redor do teto da meta anual do governo, de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais
A inflação, que tem permanecido ao redor do
teto da meta anual do governo, de 4,5%, com 
margem de 2 pontos percentuais
 
A inflação oficial brasileira surpreendeu e desacelerou para o menor patamar em quatro anos em julho, diante do alívio nos preços de hotéis e passagens aéreas com o fim da Copa do Mundo, e voltou para o limite do teto da meta em 12 meses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,01% julho – variação mais baixa desde julho de 2010 – ante 0,40% em junho. No acumulado de 12 meses, o IPCA recuou para 6,50% em julho, ante 6,52% mo mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Os números vieram abaixo das expectativas em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, de alta mensal de 0,10% em julho e de 6,60% no acumulado em 12 meses. Além do recuo da inflação, o índice de difusão dos aumentos de preços do IPCA recuou para 59,98%, ante 61,39% no mês anterior, segundo cálculos do banco Fator. O governo comemorou o resultado.
– A inflação vem caindo por quatro meses seguidos indicando comportamento mais benigno nos próximos meses e isso é resultado da política econômica colocada em prática pelo governo desde meados do ano passado – afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.
A inflação, que tem permanecido ao redor do teto da meta anual do governo, de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos, é um ponto vulnerável na campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Pós-Copa
Os grupos que mais contribuíram para a desaceleração da inflação em julho foram Transportes e Despesas Pessoais, com destaque respectivamente para passagens aéreas e hotéis, cujos preços arrefeceram com força com o fim da Copa do Mundo.
– Dois grupos puxaram a queda e neles são itens de retorno da Copa do Mundo como passagens e hotéis. A alta para a Copa foi maior e o setor ainda está devendo ao consumidor nessa devolução – afirmou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos.
Transportes foi outro grupo que apresentou deflação de 0,98% em julho após alta de 0,37% no mês anterior, com impacto de -0,18 ponto percentual no índice. Passagens aéreas, com queda de 26,86%, foi o principal impacto negativo, com -0,14 ponto percentual. O grupo Despesas Pessoais também desacelerou a alta a 0,12% no mês passado contra 1,57% em junho, com os preços de hotéis caindo 7,65% após alta de 25,33% em junho.
Na ponta oposta, o grupo Habitação foi destaque de alta, ao subir 1,2% em julho contra 0,55% no mês anterior. Habitação gerou um impacto de alta de 0,17 ponto percentual no IPCA do mês.

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