quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dilma Rousseff anuncia mudanças no Imposto de Renda e Bolsa Família


Atualizado em  30 de abril, 2014 - 23:45 (Brasília) 02:45 GMT
Presidente Dilma Rousseff (foto: Reuters)
Presdente anuncia aumento de 10% em benefícios pagos pelo programa social Bolsa Família
A presidente Dilma Rousseff anunciou em pronunciamento em cadeia de TV na noite desta quarta-feira que fará um reajuste na tabela do Imposto de Renda – que proporcionaria um ganho salarial indireto aos trabalhadores – e aumentará em 10% o valor dos benefícios pagos pelo programa Bolsa Família.
Os anúncios ocorreram durante discurso presidencial por ocasião do dia do trabalho. Ele ocorre porém em um momento em que a presidente sofre com uma queda de popularidade e passa por uma crise política.
Nesta semana uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte mostrou que as intenções de voto em Rousseff caíram de 43,7% em fevereiro para 37% na data atual (a pesquisa tinha margem de erro de 2,2 pontos percentuais).
Além disso, a presidente enfrenta uma crise entre alguns de seus próprios aliados que pedem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a substitua na corrida presidencial deste ano.
No pronunciamento, Rousseff não mencionou o percentual de correção do imposto, mas segundo o Planalto ele seria de 4,5%.
"Acabo de assinar uma medida provisória corrigindo a tabela do Imposto de Renda, como estamos fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho. Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador", afirmou a presidente, segundo a Agência Brasil.
“Assinei também um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do Programa Brasil sem Miséria”.
De acordo com o governo, serão beneficiadas pelo aumento as pessoas que recebem até R$ 70 pelo Bolsa Família.
A presidente também disse que manteria a política de valorização do salário mínimo, afirmando que ele seria um instrumento para a “diminuição da desigualdade”.

Petrobras

Rousseff também usou o pronunciamento para atacar adversários. Sem citar nomes ela sugeriu que haveria uma campanha negativa para tirar proveito político da crise relacionada à Petrobras.
A estatal vem sendo alvo de críticas em relação a supostos erros administrativos e uso político da empresa – fatos que estariam contribuindo para a queda de popularidade de Rousseff. A presidente prometeu uma investigação rigorosa dos fatos e punição para os responsáveis.

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