sábado, 4 de outubro de 2014

Panorama Político (03) A política como ela é: nua e crua - ILIMAR FRANCO)



Os socialistas vão se dividir se Marina Silva não for para o segundo turno. Uma ala do partido, na qual se alinha o futuro vice de São Paulo, Márcio França, tende a ficar com Aécio. Outra, a do presidente da sigla, Roberto Amaral, prefere voltar aos braços do governo Dilma. Socialistas e ‘marineiros’ apostam que, se ficar de fora, Marina adotará a postura de 2010, quando não deu apoio a ninguém e liberou o Partido Verde.
Pintados para a guerra
Os petistas do Rio se preparam para um acerto de contas. O desempenho de seu candidato para o governo, Lindbergh Farias, está muito abaixo do esperado. Eleito senador com quatro milhões de votos em 2010, corre o risco de ter um milhão agora. Se o quadro anunciado se confirmar, nem o candidato nem o partido terão acumulado forças para 2018. Seus adversários ressaltam o constrangimento que ele criou para o PT nacional. Caso Dilma não repita os 44% de 2010, a queda poderá subir nas suas costas. Os petistas ironizam que a situação só não será pior por causa da coligação regional. Quem votar 40 (número do PSB e de Marina) vai ajudar os candidatos do PT a deputado federal.

“Uma é admiradora do marechal Floriano Peixoto e a outra, da Rainha Elizabeth”

Aldo Rebelo
Ministro do Esporte, sobre as diferenças entre a presidente Dilma e sua adversária, Marina Silva

Promessa é dívida
A Força Sindical está distribuindo um milhão de jornais em São Paulo com a promessa de Aécio Neves de rever o fator previdenciário. Espera com isso que o tucano cresça no estado na reta final e consiga puxar a votação nacional para cima.



Pista livre
Ao contrário da eleição de 2010, o ex-presidente Lula não entrou em campo para derrotar novamente o tucano Tasso Jereissati, candidato a retornar ao Senado. Ele lidera as pesquisas. O candidato do governador Cid Gomes (CE), Mauro Filho (PROS), só teve o apoio da presidente Dilma. Ela fez uma gravação para a TV, usada em três programas.

Vem aí uma nova faxina
Nos meios empresariais, políticos e jurídicos reza a lenda de que o ministro Teori Zavascki (STF), responsável pelo caso Petrobras/ Paulo Roberto Costa, não vai se limitar a pegar políticos. Ele vai para cima de empresas e corruptores.

Vivendo e aprendendo a jogar
A CPI do Mensalão foi uma escola. Paulo Roberto Costa (Petrobras) optou pela delação premiada e se livra de condenações de 40 anos, como a de Marcos Valério (SMP&B), ou de 16 anos, caso de Kátia Rabello (Rural). Ambos fizeram voto de silêncio e estão na cadeia. Enquanto Delúbio Soares e José Genoino estão em prisão domiciliar.

No andar da carruagem
A direção nacional do PMDB não teme o acirramento de uma crise com os candidatos do partido que enfrentaram o PT. Acredita que, depois de domingo, independente de vencidos e vencedores, a tendência é tudo se ajeitar.

Entre o céu e o inferno
Os tucanos estão eufóricos com os números de ontem do Ibope e do Datafolha. Os marineiros estão apreensivos. O PSDB registra que Aécio Neves está subindo, mesmo que lentamente. O PSB avalia que tudo está no seu lugar.

O candidato do PMDB ao governo de São Paulo inova ao pedir voto. Está nas redes sociais: “Cachorro ou gato? Tá na dúvida? Vote Skaf que tem 2º turno”.

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