Após ter pedido de troca de ministro atendido, PR decide apoiar Dilma
Partido pressionou a presidente a substituir ministro dos Transportes.
Termina nesta segunda prazo para legendas definirem suas coligações.
A executiva nacional do Partido da República (PR) decidiu nesta
segunda-feira (30), por 23 votos a 1, apoiar a candidatura à reeleição
da presidente Dilma Rousseff
(PT). A decisão foi tomada após a petista ceder à pressão do partido
aliado e substituir o ex-governador da Bahia César Borges por Paulo Sérgio Passos no comando do Ministério dos Transportes.
Em convenção nacional no último dia 21, o partido delegou à Executiva a decisão sobre qual candidato receberia o apoio do PR. Apesar de estar à frente do Ministério dos Transportes ao longo dos três anos do governo Dilma, a legenda governista ameaçou apoiar o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, caso Dilma não atendesse ao pedido para substituir César Borges.
Para evitar que o partido se aliasse ao seu adversário nas eleições de outubro, a presidente da República cedeu e efetivou Paulo Passos na chefia do ministério, como reivindicava o PR. Passos já havia comandado a pasta em outras duas oportunidades. Já Borges foi deslocado para a Secretaria de Portos.
O presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), disse nesta segunda-feira, ao final da reunião da executiva nacional, que a troca nos Transportes mostrou “boa vontade” do governo e, portanto, contribuiu para o consenso em torno da candidatura de Dilma.
“[A troca no ministério] ajudou. O que estabeleceu essa diferença na relação entre a base do partido do PR no Congresso e o governo era a relação com o ministro dos Transportes. O gesto do governo, colocando um outro ministro que também não é indicação nossa, foi escolha da presidenta, fez com que o partido entendesse a boa vontade do governo e fizesse a opção por apoiá-lo”.
O dirigente do PR afirmou que o pedido para substituir Borges se deu porque o ex-ministro dos Transportes mantinha uma “relação difícil” com os deputados federais da legenda.
“Essa relação é o jeito, o tratamento, o cuidado do ministro com o estado de cada um dos deputados”, explicou Nascimento, que ocupou a cadeira de ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma, mas deixou o cargo, em julho de 2011, devido a denúncias de irregularidades na pasta.
A aliança com o PR vai garantir a Dilma um minuto e oito segundos a mais na propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão. “É muito significativo”, destacou Alfredo Nascimento.
“Eu não tratei com o PSDB. Se houve essa procura, deve ter sido através do líder do partido”, declarou Nascimento.
Depois de confirmarem a aliança com o PT na corrida presidencial, os dirigentes do PR se dirigiram ao Palácio do Planalto para comunicar a decisão à chefe do Executivo federal.
Em convenção nacional no último dia 21, o partido delegou à Executiva a decisão sobre qual candidato receberia o apoio do PR. Apesar de estar à frente do Ministério dos Transportes ao longo dos três anos do governo Dilma, a legenda governista ameaçou apoiar o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, caso Dilma não atendesse ao pedido para substituir César Borges.
Para evitar que o partido se aliasse ao seu adversário nas eleições de outubro, a presidente da República cedeu e efetivou Paulo Passos na chefia do ministério, como reivindicava o PR. Passos já havia comandado a pasta em outras duas oportunidades. Já Borges foi deslocado para a Secretaria de Portos.
O presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), disse nesta segunda-feira, ao final da reunião da executiva nacional, que a troca nos Transportes mostrou “boa vontade” do governo e, portanto, contribuiu para o consenso em torno da candidatura de Dilma.
“[A troca no ministério] ajudou. O que estabeleceu essa diferença na relação entre a base do partido do PR no Congresso e o governo era a relação com o ministro dos Transportes. O gesto do governo, colocando um outro ministro que também não é indicação nossa, foi escolha da presidenta, fez com que o partido entendesse a boa vontade do governo e fizesse a opção por apoiá-lo”.
O dirigente do PR afirmou que o pedido para substituir Borges se deu porque o ex-ministro dos Transportes mantinha uma “relação difícil” com os deputados federais da legenda.
“Essa relação é o jeito, o tratamento, o cuidado do ministro com o estado de cada um dos deputados”, explicou Nascimento, que ocupou a cadeira de ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma, mas deixou o cargo, em julho de 2011, devido a denúncias de irregularidades na pasta.
A aliança com o PR vai garantir a Dilma um minuto e oito segundos a mais na propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão. “É muito significativo”, destacou Alfredo Nascimento.
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O único voto contrário à coligação com o PT partiu do líder do PR na
Câmara, deputado Bernardo Santana (MG). Ele apresentou proposta de apoio
ao tucano Aécio Neves, mas não obteve sucesso.“Eu não tratei com o PSDB. Se houve essa procura, deve ter sido através do líder do partido”, declarou Nascimento.
Depois de confirmarem a aliança com o PT na corrida presidencial, os dirigentes do PR se dirigiram ao Palácio do Planalto para comunicar a decisão à chefe do Executivo federal.
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