Foto: AFP
A descoberta da Nasa, anunciada às 17h desta sexta-feira, de um micro-organismo que cresce em um meio altamente tóxico dentro do próprio planeta Terra quebra os padrões pré-estabelecidos e introduz uma nova visão à exploração de vida extraterrestre. Para os pesquisadores da Nasa, a descoberta amplia as possibilidades de vida na medida em que permite pensar que outros elementos químicos podem representar as mesmas funções em um organismo que o fósforo, por exemplo.
Fruto de um estudo feito para a revista Science pela pesquisadora Felise Wolfe-Simon, o anúncio aconteceu para contar ao mundo como um micro-organismo conseguiu se desenvolver em um dos mais notórios venenos da Terra, o arsênio. Ela também contou que, desde 2009, ela e mais dois colegas lideram um grupo de estudos que cogitavam a possibilidade do arsênio, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, pudesse substituir o fósforo na constituição básica da vida terrestre.
A nova forma de vida encontrada no lago Mono, na Califórnia, nos EUA, não só encontrou neste meio aparentemente hostil uma maneira de crescer, como incorporou o arsênio em seu DNA. "Todas as formas de vida que conhecemos se compõem, principalmente, de seis elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo", afirmou Felise Wolfe-Simon.
Teoricamente, não há razão pela qual outros elementos não poderiam ser usados em vez dos "eleitos" pela natureza para constituir a vida. Só que a Ciência nunca havia encontrado nenhum ser vivo que os usasse. "Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito", acrescentou a pesquisadora.
Na prática, a descoberta traz uma nova perspectiva sobre o que é necessário para criar uma vida. "O estudo significa que ainda não sabemos tudo o que precisamos sobre as condições essenciais para sustentar a vida", comentou ao brincar que as escolas, a partir de hoje, precisarão mudar seus livros ditádicos no que se refere à constituição da vida.
No entanto, as evidências ainda são muito incipientes para conclusões concretas e, principalmente, sobre outras formas de vida possíveis fora do planeta Terra. "A forma como o arsênio se introduz na estrutura das biomoléculas não está clara, e não conhecemos os mecanismos pelos quais operam tais moléculas", finalizou Felise.
Com informações das agências AFP, EFE e Reuters.
Fruto de um estudo feito para a revista Science pela pesquisadora Felise Wolfe-Simon, o anúncio aconteceu para contar ao mundo como um micro-organismo conseguiu se desenvolver em um dos mais notórios venenos da Terra, o arsênio. Ela também contou que, desde 2009, ela e mais dois colegas lideram um grupo de estudos que cogitavam a possibilidade do arsênio, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, pudesse substituir o fósforo na constituição básica da vida terrestre.
A nova forma de vida encontrada no lago Mono, na Califórnia, nos EUA, não só encontrou neste meio aparentemente hostil uma maneira de crescer, como incorporou o arsênio em seu DNA. "Todas as formas de vida que conhecemos se compõem, principalmente, de seis elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo", afirmou Felise Wolfe-Simon.
Teoricamente, não há razão pela qual outros elementos não poderiam ser usados em vez dos "eleitos" pela natureza para constituir a vida. Só que a Ciência nunca havia encontrado nenhum ser vivo que os usasse. "Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito", acrescentou a pesquisadora.
Na prática, a descoberta traz uma nova perspectiva sobre o que é necessário para criar uma vida. "O estudo significa que ainda não sabemos tudo o que precisamos sobre as condições essenciais para sustentar a vida", comentou ao brincar que as escolas, a partir de hoje, precisarão mudar seus livros ditádicos no que se refere à constituição da vida.
No entanto, as evidências ainda são muito incipientes para conclusões concretas e, principalmente, sobre outras formas de vida possíveis fora do planeta Terra. "A forma como o arsênio se introduz na estrutura das biomoléculas não está clara, e não conhecemos os mecanismos pelos quais operam tais moléculas", finalizou Felise.
Com informações das agências AFP, EFE e Reuters.
- Redação Terra
Douglas Galante, do IAG/USP, explica ser vivo descoberto pela Nasa que vive em lago tóxico e metaboliza arsênico
- Descoberta também muda a maneira de pensar sobre o que são "ambientes habitáveis" no universo. Na imagem, o micro-organismo que usa arsênio no lugar de fósforo na constituição de seu DNA
Foto: Nasa/Reprodução - A nova forma de vida substitui fósforo por arsênio em seu metabolismo
Foto: Nasa/Reprodução - O brasileiro Douglas Galante, coordenador do Laboratório de Astrobiologia da USP acredita que, no Brasil, ambientes vistos como "inabitáveis" também merecem estudo mais detalhado
Foto: Getty Images - Para pesquisadores, descoberta expande o horizonte de possibilidades de busca de vida fora da Terra
Foto: Divulgação - O arsênio é uma substância que, dentro do corpo humano, pode matar todas as células. No entanto, ela faz parte da constituição do DNA deste micro-organismo
Foto: Getty Images - Nasa afirmou que descoberta é somente um ponta-pé para uma série de dicussões e expansão da maneira como o espaço era explorado até então
Foto: Nasa/Divulgação - Um time de quatro pesquisadores, liderados por Felisa Wolfe-Simon (à esq.), que descobriu o micro-organismo, liderou a coletiva de impresa da Nasa nesta sexta-feira, às 17h
Foto: Divulgação - Para Nasa, forma de vida encontrada significa uma descoberta impactante na busca por vida extraterrestre
Foto: Getty Images - Site holandês havia especulado, horas antes do anúncio oficial da Nasa, sobre descoberta de micro-organismo no Mono Lake, na Califórnia
Foto: Getty Images - Segundo pesquisadores, público pode ter se frustrado por Nasa não apresentar um "ET", como na ficcção científica
Foto: Getty Images - Na imagem, a pesquisadora Felisa Wolfe-Simon trabalha com lama do Mono Lake para estudar o micro-organismo
Foto: Nasa/Divulgação - A descoberta, no entanto, é um enorme passo para a comunidade científica, sendo categorizada como "fenomenal" pelos pesquisadores
Foto: Getty Images - O grupo de quatro pesquisadores comentou que o mais importante, a partir de agora, é procurar por mais "exceções" de vida no universo
Foto: AFP - Felise e mais dois pesquisadores procuravam por evidências de que organismos vivos pudessem ser constituídos por outros elementos químicos no lugar do fósforo
Foto: AFP - Felise comentou, no entanto, que a pesquisa se encontra em um estágio muito inicial e que é impossível tirar grandes conclusões neste momento sobre a vida no universo
Foto: AFP - Bem humorada, pesquisadora Felise Wolfe-Simon brincou ao afirmar que as escolas precisarão mudar seus livros didáticos a partir de hoje
Foto: AFP - A descoberta de Felise abre uma nova perspectiva sobre o que é necessário para a constituição de vida dentro e fora do planeta Terra
Foto: AFP - Na imagem, pesquisadores recolhem do lago tóxico Mono, na Califórnia, ainda na fase de estudos sobre a possibilidade da descoberta de vida dentro do arsênio
Foto: AFP - Na imagem, a microfotografia mostra, aplificadamente, o micro-organismo que possui o elemento até então considerado tóxico para a vida, o arsênio, dentro do seu DNA
Foto: AFP
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