AQUIDAUANA, CIDADE PRINCESA
Edson Nogueira Paim
Edificada à aurela de garboso rio
A cidade nobre que tanto amor desperta
Bela celebridade que trilha encoberta
E adornada com apolíneo manto azul
É a galante, encantadora Aquidauana
Reclinada em um lindo coxim verdejante
Capaz de seduzir de pronto o itinerante
É ela a Sua Alteza Princesa do Sul
Raro e piscoso rio que com formosa urbe
Já compartilha até mesmo o próprio nome
Orna-se, agora com similar antenome
Ao se tornar o Príncipe Rio Aquidauana
Que a rasgar as muito densas, umbrosas matas
Arrasta-se a simular uma ágil serpente
Vezes célere ou tantas outras lentamente
Símile à esquiva, espantadiça verde iguana
O Município e o Rio, nobre casal irmãos
Detentores de flora e fauna exuberantes
Incluem-se entre as espécies mais importantes
Aroeira, ipê, tuiuiú, arrara azul
Beija-flor, onça pintada, pacu e dourado
Que representam uma parcela da riqueza
Do rei genitor do príncipe e da princesa
Sua Majestade Mato Grosso do Sul
Rio Príncipe se vê transbordante de glória
Por brindar com suas águas revigorantes
Os tão valentes da Laguna retirantes
E se adentra através da história brasileira
Ao ofertar guarida em seu Porto Canuto
Àqueles exauridos, mas bravos soldados
Malgrado vindo pelo inimigo acossados
Traziam salvos nossos canhões, nossa bandeira
O próprio Pantanal não está imune ao risco
Jaz a Mata Atlântica, também os cerrados
Inclusos entre os biomas assaz ameaçados
Demandantes de necessária proteção
Seja dos municípios seja do estado
Mas na hipótese da vigência do contrário
Ricas fauna e flora, assim seu relicário,
Logo, logo estarão fadados à extinção
A nossa mui adorável Princesa do Sul
Uma rutilante cidade natureza
E dotada de uma incomparável beleza
Comparte o pantanal e a biodiversidade
Admirado em âmbito do planeta inteiro
O Invejável alagadiço gigantesco
Mereceu ser considerado pela Unesco
Patrimônio natural da humanidade
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