segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ação da Petrobras dispara 10%
com nova proposta para preço
de combustíveis
29/10/2013 - 04h33   
UOL
As ações da Petrobras dispararam nesta segunda-feira (28), depois que a diretoria debateu uma nova metodologia para reajuste de preços de combustíveis, como forma de tentar compensar as perdas da empresa com importações de petróleo.
A ação ordinária (PETR3), que dá direito a voto, fechou em alta de 9,83%, a R$ 19; a ação preferencial (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, subiu 7,57%, a R$ 19,89. As ações puxaram a alta de 1,7% da Bovespa nesta segunda.
Os investidores esperam que este novo sistema anunciado pela empresa ajude a diminuir a diferença entre os preços da gasolina e do diesel praticados no Brasil e no exterior. Esta perspectiva acabou compensando o fraco resultado trimestral da companhia, que ficou abaixo da previsão de analistas.
"Apesar do resultado abaixo das previsões, a nova metodologia é um gatilho positivo. E, com isso, está ocorrendo uma cobertura de posições vendidas de players do mercado que se posicionaram para a queda dos ativos em função de um eventual resultado fraco", afirmou o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora.
Nova metodologia
O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, afirmou que a mudança vai incluir ajustes automáticos e ajudará a reduzir o endividamento da companhia. "O que estamos prevendo é que a nova política contemple a nossa previsibilidade e permita a implantação do plano de negócios que temos", afirmou Barbassa.
A metodologia está sob análise do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e demais membros do conselho da estatal, e deverá ser aprovada ou rejeitada até o dia 22 de novembro, quando está prevista a próxima reunião dos conselheiros.
Desta nova metodologia dependerão os robustos investimentos da Petrobras ao longo dos próximos anos, sinalizou nesta segunda-feira o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, ao afirmar que a política solicitada ao governo (sócio controlador da Petrobras) permitirá a implementação do plano de negócios da estatal.
A atual política de preços da Petrobras, com reajustes esporádicos que não acompanham valores internacionais no curto prazo e provocam defasagem, está afetando a companhia num momento em que a empresa vem importando derivados para fazer frente ao crescimento do consumo brasileiro, principalmente por diesel.
Na semana passada, após o leilão do pré-sal, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a estatal tem recursos em caixa para pagar a sua parte no bônus de assinatura da reserva de Libra sem a necessidade de reajuste de combustíveis e sem aporte do Tesouro.

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