terça-feira, 28 de maio de 2019

ALMA GÊMEA


                        Edson Nogueira Paim

Rosalda, você foi embora
Deste mundo, ainda cedinho
Vi desfeito nosso ninho
Não sei como, nem porquê
Sem roteiro ou referência
Arribo, mas não me aprumo
Vou à deriva, sem rumo
A bússola era você 

Perplexo ainda, eu me pergunto  
Porque veio a ser assim 
Você ir antes de mim
A passos, devagarinho  
Naquela tarde sombria  
Na trilha do campo santo
Eu murmuro com espanto
Oh meu Deus, estou sozinho

Procuro, mas não me encontro
Nem me reinventar eu posso
Espargiu o que era nosso
Insisto mas não consigo
Colimar um novo norte
Hoje vivo em desatino
Na incerteza do destino
Faltante de um ombro amigo

Longe de você, querida
Sobrevivo tão tristonho
Por fenecer nosso sonho
Sonho que chega ao fim
Todo envolto por saudades
Eu prossigo na jornada 
Cambaleante na estrada 
E um cavo dentro de mim

A pensar em nossa vida
Um lampejo em minha mente
Resplandece de repente
Certa noite de vigília
A sonhar mesmo acordado
Atino-me satisfeito 
Que você, de próprio jeito
Modelou nossa família

Entrementes me interrogo
Se existir vida pós-morte 
E se acontecer por sorte
Descortinar este véu
A fim de encontrar Rosalda
Deveria buscá-la onde 
E meu bisneto responde
A vovó está no céu!

sexta-feira, 24 de maio de 2019


A Serra da Bodoquena
E a Gruta do Lago Azul
Estes recantos tão lindos
Do Mato Grosso do Sul

Águas-prata, cristalinas
Pertinho do Pantanal
Também fazem  de Bonito
Orgulho nacional

Seus campos, Rio Formoso
Os acompanha os cerrados
Fica tudo mais Mimoso
Com proteção dos banhados 

No seio da Mata Atlântica
Linda Flora, Fauna bela
Que transformaram Bonito
Numa cidade donzela

O murmúrio dos seus rios
com o estalar das cascatas
 Belas dádivas sonoras
A ecoarem pelas matas

Arrabaldes de Bonito
Ficam mais encantadores
Quando aqueles guavirais
Ficam cobertos de flores


quinta-feira, 23 de maio de 2019

ALMA GÊMEA

                        Edson Nogueira Paim

Rosalda, você foi embora
Deste mundo, ainda cedinho
Vi desfeito nosso ninho
Não sei como, nem porquê
Sem roteiro ou referência
Arribo, mas não me aprumo
Vou à deriva, sem rumo
A bússola era você 

Perplexo ainda, eu me pergunto  
Porque veio a ser assim 
Você ir antes de mim
A passos, devagarinho  
Naquela tarde sombria  
Na trilha do campo santo
Eu murmuro com espanto
Oh meu Deus, estou sozinho

Procuro, mas não me encontro
Nem me reinventar eu posso
Espargiu o que era nosso
Insisto mas não consigo
Colimar um novo norte
Hoje vivo em desatino
Na incerteza do destino
Carente de um ombro amigo

Longe de você, querida
Sobrevivo tão tristonho
Por fenecer nosso sonho
Sonho que chega ao fim
Todo envolto por saudades
Eu prossigo na jornada 
Cambaleante na estrada 
E um cavo dentro de mim

A pensar em nossa vida
Um lampejo em minha mente
Resplandece de repente
Certa noite de vigília
A sonhar mesmo acordado
Atino-me satisfeito 
Que você, de próprio jeito
Modelou nossa família

Em instantes me interrogo
Se existir vida pós-morte 
E se acontecer por sorte
Descortinar este véu
A fim de encontrar Rosalda
Deveria buscá-la onde 
E meu bisneto responde
A vovó está no céu!

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Em Sintra,vios  a Quinta da Regaleira
Destino imperdível para quem vai a Portugal 
Na cidade de Porto a degustação de vinhos

Oh Deus, meu Deus, por qual motivo vos me destes
A suprema dádiva de mais uma vez
No pretérito século e também agora
Pisar no abençoado solo português

Filhos, nora, mais cinco netos comigo
Felizes estamos a percorrer Lisboa
Acompanhados de friozinho da Europa
Seguido de brando Sol ou fina garoa

Mirante, Museus, Padrão, Torre de Belém,
Um Convento e a vetusta Catedral da Sé
A ostentar sua belíssima arquitetura
Além de muito reforçar a minha fé

Ao agradecer as benesses recebidas
Perdoe-me Senhor a tamanha ousadia
Talvez seja mesmo tremenda petulância
Pedir-vos a volta à "terrinha" algum dia.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

AQUIDAUANA, CIDADE PRINCESA                                                                         

Edson Nogueira Paim


Erguida á ourela de garboso rio
A cidade ilustre que tanto amor desperta
Bela celebridade que trilha encoberta
E adornada com apolíneo manto azul
É a elegante, encantadora Aquidauana
Reclinada em um lindo coxim verdejante
Capaz de seduzir de pronto o itinerante
É ela a Sua Alteza Princesa do Sul


Raro e piscoso rio que com formosa urbe
Já compartilha único e exclusivo nome 
Ungido agora com similar antenome
Resplandece o Príncipe Rio Aquidauana
Que flui a rasgar mais densas e umbrosas matas
Arrasta-se a simular a fugaz serpente
Vezes célere ou tantas outras lentamente
Tal qual a esquiva, espantadiça e verde iguana


O Rio e a Cidade, nobre casal de irmãos
Anfitriões de flora e fauna mui exuberantes
Inclusas entre as espécies mais importantes
Aroeira, ipê, tuiuiú, arrara azul
Beija-flor, onça pintada, pacu e dourado
Componentes de uma parcela da riqueza
Do rei genitor do príncipe e da princesa
Sua Majestade Mato Grosso do Sul


O Rio Príncipe se transborda de glórias
Por brindar com suas águas revigorantes
Nossos valentes da Laguna retirantes
E garante espaço na história brasileira
Quando oferta guarida em seu Porto Canuto
Àqueles exauridos, mas bravos soldados
Malgrado vindo pelo inimigo acossados
"Trazem salvos nossos canhões, nossa bandeira"


Nem o Pantanal é imune ao risco
Já a Mata Atlântica, também os cerrados
Jazem entre os biomas mais ameaçados
Demandantes de necessária proteção
Quer seja dos municípios como do estado
Na hipótese de vir ocorrer o contrário 
As ricas fauna e flora, assim seu relicário,
Tão logo estarão fadados à extinção


Graciosa e galante Princesa do Sul
Uma rutilante cidade natureza
É dotada de incomensurável beleza
Comparte o Pantanal, biodiversidade 
Celebrado em âmbito do planeta inteiro
O invejável alagadiço gigantesco
Por mérito, considerado pela Unesco
Um patrimônio natural da humanidade