Equipe do CERN captura átomo de anti-hidrogênio por 172 milissegundos
Um átomo de anti-hidrogênio é o inverso completo do átomo de hidrogênio. Enquanto o átomo de hidrogênio é composto de um próton circundado por um elétron (que tem carga negativa), o anti-hidrogênio tem um pósitron (que tem carga positiva) circulando em torno de um antipróton. Os 38 átomos produzidos pela equipe do CERN (o mesmo centro europeu de pesquisas científicas que está tentando achar a “partícula de Deus”) são o primeiro passo para saber, por meio de análises, como se comporta a antimatéria.
Como foi criado — Os cientistas têm dificuldade para lidar com a antimatéria porque uma de suas estranhas características é a de desintegrar-se imediatamente quando em contato com partículas de matéria. Esta é apenas a quinta vez – e a terceira tentativa do CERN – que antimatéria é produzida em laboratório. A equipe do CERN conseguiu criar uma armadilha magnética que confinou os antiprótons e os pósitrons no mesmo lugar, até eles se juntarem e criarem um átomo de anti-hidrogênio. Desligada a armadilha, a antimatéria colide com partículas de matéria normal, e essa colisão produz energia, que é captada pelos equipamentos ao redor da armadilha. É seguindo este rastro de energia que os cientistas deduzem a existência da antimatéria.
E, afinal de contas, o Vaticano deve se preocupar? Não. O físico americano Chad Orzel calculou em seu blog quantos átomos de anti-hidrogênio seriam necessários para produzir a explosão equivalente a uma tonelada de TNT. Com a tecnologia atual, seriam necessárias 1.500 vezes a idade atual do universo para produzir antimatéria suficiente para explodir o Vaticano.
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